Regional
Poder público deve cortar salários de servidores grevistas
O Supremo Tribunal Federal determinou corte de ponto e suspensão de pagamento por dias sem trabalho de servidores públicos em greve.
O STF (Supremo Tribunal federal) decidiu ontem, por 6 votos a 4, que o poder público deve cortar os salários de servidores em greve. A sentença tem repercussão geral e obriga todos os tribunais do País a adotarem o entendimento da corte sobre esse tema.
A maioria dos ministros acompanhou o entendimento do relator, Dias Toffoli. Para ele, não deve haver descontos somente nos casos em que a paralisação for motivada por quebra do acordo de trabalho por parte do empregador, com atraso de pagamento dos salários, por exemplo.
“Quantas vezes as universidades não conseguem ter um ano letivo completo sequer por causa de greves?[…] O acórdão recorrido quer subsidiar a greve”, argumentou o relator.
Votaram com Toffoli Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Teori Zavascki, Luiz Fux e a presidente do tribunal, Cármen Lúcia. Discordaram Edson Fachin, Rosa Weber, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski. O decano, Celso de Mello, estava ausente.
A tese formulada pelo Supremo diz que a remuneração deve ser suspensa imediatamente após a decretação da greve. E ainda acrescenta que uma eventual compensação só é cabível quando o empregador aceitar essa condição para chegar a um acordo com os trabalhadores.
“O poder público não apenas pode, mas tem o dever de cortar o ponto. Esse entendimento não viola o direito de greve[…]. O atual regime é insuficiente para incentivar a rápida composição do litígio pelas partes”, opinou Luís Roberto Barroso.
O Supremo analisou um recurso contra uma decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que proibiu a Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica) de descontar em folha os vencimentos de servidores que cruzaram os braços por cerca de dois meses, em 2006.
O julgamento começou em 2015, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Barroso.
A maior parte dos ministros disse que o corte dos vencimentos não implica em retirar do cidadão o direito a protestar com os braços cruzados.
O ministro Fachin defendeu, porém, que o desconto dos salários só pode acontecer por ordem judicial e se a manifestação for considerada ilegal. Na avaliação dele, apoiar tese contrário significa esvaziar o direito de greve do servidor.
Saiba mais
“Isso é férias?”, perguntou Mendes
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que não é “lícito” pagar o salário integral para servidores públicos que fizeram greve. Ele citou que no setor privado os dias parados são entendidos como suspensão do contrato de trabalho.
“Isso é greve, é férias, o que é isso? Isso não ocorre no âmbito privado, cessa o pagamento de imediato. Como sustentar isso? Não estamos falando de greve de um dia.”, afirmou o ministro, um dos que votaram a favor da penalização dos grevistas.
Fonte: O Povo
-
Iguatu1 semana atrásPrefeitura acusa SPUMI de burlar decisão judicial e pede ao TJCE restrições; juristas apontam possíveis inconstitucionalidades nos pedidos
-
Noticias1 semana atrásLa Niña fraca em 2026 deve trazer chuvas acima do normal no Nordeste e períodos secos no Sul
-
Noticias1 semana atrásHeineken desativa fábrica no Ceará para concentrar operações na unidade de Pernambuco
-
Noticias1 semana atrásMaciço de Baturité ganhará hospital público batizado em homenagem ao Papa Francisco
-
Iguatu2 semanas atrásApós descontar salários, Prefeitura pede multa de R$ 5 mil por servidor e R$ 10 mil ao SPUMI; sindicato reage e acusa gestão de ilegalidades
-
Ceará4 dias atrásSeis pessoas são detidas suspeitas de participar de fraude em um concurso público no interior do Ceará
-
Noticias1 semana atrásFortaleza divulga programação completa do Réveillon 2026 com celebrações em três polos da cidade
-
Noticias1 semana atrásContran aprova regra e CNH poderá ser emitida sem aulas em autoescolas

