Política

Camilo afirma que abusos da PM podem ser investigados

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O governador do Ceará, Camilo Santana, reafirmou ser contrário às manifestações nas ruas durante a pandemia do novo Coronavírus. O gestor foi o convidado do Roda Viva nesta segunda-feira (9). As críticas não ficaram restritas às mobilizações e se estenderam à conduta do presidente Jair Bolsonaro e até para o companheiro de partido, o ex-presidente Lula.

No domingo (7), um grupo de manifestantes foi detido pela Polícia Militar por aglomeração durante o período de isolamento social. Eles afirmaram que houve excesso de força policial, algo que não acontecia nos protestos em apoio a Bolsonaro na cidade. No Roda Viva, Camilo afirmou não ser o momento certo para ir às ruas, embora apoie as causas defendidas pelos participantes. “Eu não vi nas imagens nenhum confronto”, disse o governador, que completou em seguida: “se tiver algum abuso [por parte dos policiais] será investigado”.

Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), Camilo Santana defendeu o diálogo com todos os segmentos democráticos para resolver os problemas no país, criticando diretamente o ex-presidente Lula, que diverge sobre o apoio da legenda a uma frente multipartidária contra movimentos antidemocráticos. “Acredito que o ex-presidente Lula está equivocado nessa postura. A gente tem que deixar de pensar no passado, todos aqueles que acreditam na democracia, que está em risco no Brasil, têm que se unir”, afirmou.

Antes, o governador afirmou que Lula foi o melhor presidente do Brasil e defendeu a união com Ciro Gomes. “O que eu puder fazer para unir os dois, eu vou fazer”, enfatizou.

Diplomático na relação com o Governo Federal, Camilo Santana subiu o tom contra a gestão e o presidente Bolsonaro, criticando as trocas de gestores no Ministério da Saúde em meio à pandemia e a falta de transparência para divulgação de dados oficiais sobre a doença no país. Embora faça as críticas, o governador não endossou os pedidos de impeachment, como faz o PT. “Remédio para governo ruim é pressão popular. Impeachment é extremo”, garantiu.

Assista a entrevista no vídeo:

Fonte: CNews

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