Ceará
Sexto membro de grupo de facção criminosa deu ordem de ataques no Ceará
A Polícia Civil do Ceará identificou o sexto membro da “Sociedade do Anel”, um bando de chefes da facção criminosa que ordenou as maiores chacinas ocorridas no Ceará e também a onda de ataques criminosos que ocorre há 8 dias no estado.
O criminoso estava preso em Pernambuco e mantinha um celular escondido na cela. De acordo com investigações da Polícia Civil do Ceará, o aparelho foi utilizado para dar ordens de ataques incendiários dos últimos dias.
O homem portava uma joia gravada com o nome “Siciliano”, como ele era identificado entre os comparsas. Os outros cinco membros tinham o mesmo anel, cada um gravado com a alcunha criminosa. As joias são avaliada em R$ 7 mil cada, de acordo com o Ministério Público do Ceará.
Quatro membros da “Sociedade do Anel” haviam sido presos em um apartamento de luxo em Recife, em 13 e 14 de abril. A partir dessas prisões, os policiais identificaram o grupo, que formava o comando da facção.
Com eles foram apreendidos documentos falsos, dinheiro, arma de fogo, munição, dezenas de cartões de crédito, veículos e dois anéis que simbolizam o comando da organização criminosa.
Confecção das joias
Mensagens trocadas entre os criminosos pelo WhatsApp, obtidas com autorização da Justiça, apontam que “Barrinha” encomendou a confecção dos seis anéis para os membros da alta cúpula do bando. O investimento foi de R$ 42 mil.
Barrinha é apontado pelo Ministério Público com um dos autores da matança de 14 pessoas no Forró do Gago, em 27 de janeiro de 2018, episódio que ficou conhecido como Chacina das Cajazeiras. As apurações policiais apontam que ele fugiu para Natal (RN) e, depois, para Recife, onde mantinha uma vida de ostentação.
Chacinas e tráfico de droga
O membro da facção De Deus é considerado pela Polícia o “número 1” do grupo criminoso e o principal mandante da Chacina das Cajazeiras. Ele foi detido em um apartamento de luxo, no Bairro Cocó, em Fortaleza, em 19 de fevereiro de 2018, e depois transferido a um presídio federal.
Ele estava solto devido à compra de um habeas corpus por R$ 150 mil, concedido por um desembargador em um plantão do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) em 2013. O fato foi descoberto na Operação Expresso 150, da Polícia Federal.
A extração de dados dos aparelhos celulares dos presos também revelou a rota do tráfico internacional de drogas que leva cocaína pura para a facção, no Ceará. O fornecedor do ilícito é o cartel de Cali, da Colômbia.
Segundo o Ministério Público, dois membros do grupo criminoso conversavam sobre a rota no WhatsApp. Um deles manda as fotografias do entorpecente recebido, com a marca d’água em alto relevo de um golfinho, característico do Cartel de Cali.
Fonte: G1 Ceará
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