Ceará
Professora ucraniana que morou em Fortaleza conta o que mudou em duas semanas de guerra

A ucraniana Olga Tarnovska, que está no país no meio do conflito com a Rússia, relatou que a primeira coisa que faz todos os dias ao acordar é tentar contato, presencial ou por telefone, com familiares e outros conterrâneos para saber se ainda estão vivos. A invasão russa na Ucrânia chegou ao 15º dia nesta quinta-feira (10).
Olga morou no Ceará em 2018 e, atualmente, mora em Vyshgorod, uma cidade próxima à capital ucraniana Kiev. Alguns parentes, como o pai e a mãe, ela encontra presencialmente todos os dias. Contudo, ela explica que os ucranianos também têm tentado contato com pessoas de cidades mais atacadas pelo exército russo.
“Começamos o dia conferindo as notícias, chamando todos da família que ainda ficam aqui, conferindo se ainda estão todos vivos, tentando nos comunicar com as pessoas que ficam nessas cidades bombardeadas, mas é um desespero”, relata Olga, que é professora e consultora em meios de comunicação.
Dormir, para Olga, inclusive, tem sido tão difícil quanto acordar. O cotidiano de guerra abala a saúde mental, e consequências como insônia e ansiedade são alguns dos impactos sofridos por ela.
“Eles estão incomunicáveis por muitos dias já, não têm eletricidade e não podem nem carregar o telefone para fazer ligações. Não sabemos se estão vivos ou mortos”, disse a professora.
Olga explica que a cidade onde ela mora está fora da zona de fogo traçada pelo exército russo, já que fica cercada por duas pontes minadas. Por isso, muitos ucranianos têm voltado a atenção especialmente para os locais mais bombardeados.
Contudo, a rotina onde ela mora está afetada pela guerra mesmo sem sofrer ataques russos. Para ela, a situação piora a cada dia, desde o começo da guerra na Ucrânia.
Olga explica que a cidade tem toque de recolher das 20h às 7h, que não pode sair sem necessidade e a recomendação é evitar locais longe de onde mora. Também há orientação para não andar em locais fechados, como florestas, onde pode haver soldados russos.
Ela relata que a população segue atenta aos alarmes sobre ataques, e que eles precisam saber onde ficam os refúgios antibombas. Ela, inclusive, dormiu em um desses pontos na última segunda-feira (7).
“Temos que sempre estar atentos aos alarmes, porque a qualquer momento podemos ter ataques aéreos e temos de descer para o refúgio antibomba”, comenta a ucraniana. Ela informou que boa parte do comércio segue fechada, que apenas farmácias e algumas lojas específicas abrem para poder comercializar itens mais necessários.
Olga disse que sua mãe segue dormindo no refúgio; disse ainda que consegue ver o pai às vezes, quando ele encerra o turno de guarda que realiza. Sua irmã conseguiu fugir para outro país com a sobrinha.
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