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Novo Bolsa Família ficou mais caro, mas beneficia famílias menores, diz pesquisador

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Após passar por uma série de mudanças durante os governos de Jair Bolsonaro e, agora, no terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o Bolsa Família viu seus orçamentos e valores de benefícios aumentarem significativamente. No entanto, segundo a avaliação do economista especializado em políticas sociais Daniel Duque, pesquisador do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), o programa tornou-se menos eficaz no combate à pobreza.

Anteriormente, o Bolsa Família seguia uma lógica em que o valor pago a cada família era essencialmente variável e condicionado ao número de crianças e adolescentes presentes no domicílio. Com as novas regras, todas as famílias passaram a receber um benefício mínimo fixo e já considerável, no valor de R$ 600. Adicionalmente, valores adicionais são pagos com base no número de dependentes, mas essa parcela variável agora possui um peso significativamente menor em comparação com a versão anterior do programa.

Consequentemente, o valor das bolsas se aproximou consideravelmente entre diferentes perfis familiares, resultando em famílias menores recebendo benefícios proporcionalmente maiores do que aquelas com mais membros. Isso representa uma inversão em relação à configuração original do programa, que foi lançado em 2003 pelo próprio Lula em seu primeiro mandato, no qual famílias maiores, especialmente aquelas com um maior número de crianças, recebiam recursos mais substanciais.

Segundo Daniel Duque, “O programa está maior, o que é ótimo, mas também bem menos eficiente”. A análise destaca a complexa dinâmica das políticas sociais e como as mudanças nas estruturas de benefícios podem ter impactos variados na distribuição de recursos entre diferentes grupos familiares.

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