No Brasil, as mulheres pagam quase três vezes mais impostos quando compram anticoncepcionais do que os homens desembolsam pelas camisinhas. A carga tributária de pomadas usadas nos mamilos durante a amamentação também é superior a de ceras para veículos.

A pesquisadora Luiza Machado, mestranda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), comparou itens da saúde feminina e voltados para o público masculino para investigar o respeito à seletividade tributária. Ou seja, quando produtos e serviços devem ser taxados conforme a essencialidade.

Nas farmácias, o preservativo chega com tributação reduzida de 9,25%, enquanto o preço dos anticoncepcionais pode ter até 30% de tributos embutidos.