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MPF apresenta denúncias contra mais 225 terroristas e STF vai limitar os poderes do procurador-geral da República

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O Ministério Público Federal (MPF) apresentou ontem denúncia contra mais de 225 suspeitos de envolvimento nos atos terroristas do dia 8 de janeiro em Brasília. Com isso, já chega a 479 o número de pessoas sob investigação devido à invasão e à depredação das sedes dos Três Poderes. Os 225 denunciados haviam sido presos no acampamento em frente ao QG do Exército em Brasília. Também ontem a Justiça Federal do DF bloqueou os bens de 40 presos em flagrante nos atos antidemocráticos, atendendo a um pedido do Advocacia-Geral da União.

Enquanto isso… O ex-presidente Jair Bolsonaro entrou, por meio de uma empresa especializada, com um pedido de visto de turista para permanecer nos EUA. Ele viajou em 30 de dezembro, véspera de seu último dia de mandato, usando o visto de chefe de Estado, que expira hoje. O pedido foi feito na última sexta-feira, mas só se tornou público ontem. Formalmente, é necessário que a pessoa volte a seu país de origem para pedir um novo visto. Caso o documento seja concedido, Bolsonaro poderá permanecer nos EUA por pelo menos seis meses.

Ainda se recompondo da destruição causada pelos golpistas no dia 8 de janeiro, o Supremo Tribunal Federal (STF) volta de recesso amanhã e deve julgar ainda no primeiro semestre uma ação que vai limitar em muito o poder do procurador-geral da República para engavetar ações. Pela proposta, sempre que o PGR recomendar o arquivamento de uma ação contra autoridade encaminhada por um ministro do Supremo, o parecer será revisado pelos dez integrantes do Conselho Superior do Ministério Público Federal. Embora o alvo óbvio seja a atuação de Augusto Aras no governo Bolsonaro, ele não é o único. Geraldo Brindeiro, que ocupou a PGR nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), ficou conhecido como “engavetador-geral da República” pela presteza com que arquivava denúncias contra integrantes e aliados do governo.

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