Iguatu

Encontro discute saúde para a comunidade LGBT em Iguatu

Published

on

Com o intuito de operacionalizar e efetivar a Política Nacional de Saúde Integral ao público de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), a Escola de Saúde Pública de Iguatu sediou na quarta-feira, 25, o I Encontro de Saúde voltada para a comunidade. O evento foi realizado ainda pela Residência de Saúde Integrada, Prefeitura de Iguatu e Governo do Estado do Ceará.

Durante o encontro, foram discutidas estratégias para a promoção da saúde integral da população LGBT, com o propósito de eliminar o preconceito institucional. Conforme Luan Layzon, psicólogo residente em saúde mental, a ação também contribui com a redução de desigualdades e a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS). “No ano de 2019, o Conselho Nacional de Saúde aprovou a política de saúde integral da população LGBT, problematizando o acesso do serviço seja especializado ou da atenção básica, assumiu a posição de entender que as vivências de gênero e orientação sexual vêm sendo muito sofridas na sociedade. Essas pessoas precisam de acesso à saúde, mental, física e integral”, pontuou o também idealizador do encontro.

Direito e educação

Proporcionar momentos de formação e discussão para os profissionais de saúde e educação era ainda um dos objetivos do encontro. “Homofobia e LGBT-fobia não estão afastadas de Iguatu. Na área em que atuo, há demandas de ideação suicida e processo de transexualizador. Para discutir, trouxemos lutadores e lutadoras que militam nessa área. Queremos um Sistema Único de Saúde Livre de Preconceitos”, afirmou Luan.

Mesas redondas, palestras, debates e apresentações, como a abordagem de temáticas que envolveram os conceitos a partir de experiências de vida; o direito à saúde da população e a luta da população LGBT em Iguatu fizeram parte da programação.

“O momento oportuniza implantação e práticas educativas na rede de serviço do SUS, para melhorar a visibilidade e o respeito às lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, promovendo a visibilidade da população LGBT, muitas vezes, tem seus direitos negados ou desrespeitados, causando preconceito e discriminação nos diversos setores”, disse Villar Butterfly presidenta da Associação e Travestis, Transsexuais e Homossexuais de Iguatu.

Conforme o idealizador do encontro, a discussão atual no cenário político nacional quanto sobre ideologia de gênero em instituições de ensino reafirma o atual quadro de exclusões da política de saúde. “Não discutir e fugir do assunto usando a ideologia de gênero para justificar os preconceitos e discriminações que o congresso possui, contribuiu para as inúmeras mortes, não entendimento, suicídio e evasão escolar e não acesso aos mecanismos da saudade da população LGBT”, pontuou.

EM ALTA

Sair da versão mobile