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Descoberta de buraco negro em sistema triplo promete revolucionar a astronomia

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Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) detectaram pela primeira vez um buraco negro em um sistema triplo – uma descoberta inédita que desafia as teorias tradicionais sobre a formação desses enigmáticos corpos celestes.

Publicado na revista Nature na quarta-feira (23), o estudo revela que o sistema contém um buraco negro central orbitado por duas estrelas. Uma das estrelas está próxima, com um período orbital de pouco mais de seis dias terrestres, enquanto a outra, muito distante, leva cerca de 70 mil anos para completar sua órbita.

Normalmente, acredita-se que buracos negros se formam após supernovas, explosões violentas que colapsam estrelas. No entanto, se isso tivesse ocorrido, a explosão deveria ter expelido a estrela distante, mas ela permaneceu no sistema. A hipótese dos pesquisadores é que este buraco negro pode ter se formado por um processo mais tranquilo, conhecido como colapso direto, sem a violenta ejeção de objetos em órbita.

Essa formação sem explosão permitiria que a estrela externa permanecesse gravitacionalmente presa ao sistema, mesmo estando a 3,5 mil unidades astronômicas (UA) de distância. Uma unidade astronômica é a distância da Terra ao Sol, tornando surpreendente a presença da estrela a 3,5 mil vezes essa distância do buraco negro.

Kevin Burdge, pesquisador do MIT e líder da equipe, afirmou que a descoberta desafia a visão tradicional sobre a formação dos buracos negros. Segundo ele, essa configuração tripla é “empolgante” e pode ser o primeiro de muitos sistemas triplos a serem descobertos.

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