Política
Após Mourão atacar 13º salário, Bolsonaro critica vice pelo Twitter

Após o vice na chapa do PSL à Presidência, General Mourão (PRTB), romper o silêncio e atacar o benefício do 13º salário em palestra nessa quarta-feira, o candidato Jair Bolsonaro criticou o militar.
Pelo Twitter, o presidenciável, que lidera as pesquisas de intenção de voto, disse que o “13° salário do trabalhador está previsto no art. 7° da Constituição em capítulo das cláusulas pétreas (não passível de ser suprimido sequer por proposta de emenda à Constituição)”.
Bolsonaro prosseguiu: “Criticá-lo, além de uma ofensa a quem trabalha, confessa desconhecer a Constituição”.
Vice do capitão da reserva, Mourão participou na manhã de ontem de evento na sede da CDL da cidade gaúcha de Uruguaiana.
A uma plateia de empresários, ele declarou que, no Brasil, “temos algumas jabuticabas que a gente sabe que são uma mochila nas costas de todo empresário”.
Em seguida, Mourão disse que o 13º salário, benefício a que todo trabalhador com carteira assinada tem direito, era uma dessas jabuticabas, ou seja, algo tipicamente nacional.
“Se a gente arrecada 12”, continuou Mourão, “como é que nós pagamos 13? É complicado. E é o único lugar onde a pessoa entra em férias e ganha mais. É aqui no Brasil”.
Diferentemente de outros momentos nos quais o vice causou embaraço ao titular, que está internado, a campanha de Bolsonaro reagiu de imediato.
Na semana passada, Bolsonaro havia decretado silêncio de Mourão e de seu assessor econômico, Paulo Guedes.
Dias antes, o general declarara que casas sem pais e avôs são “fábricas de desajustados”. O militar também se referiu aos países emergentes com os quais o Brasil vem negociando como “mulambada”.
O vice ainda sugeriu que seria possível reformar a Constituição sem o voto do povo e acenou a uma possibilidade de “autogolpe” em caso de anarquia social.
A nova fala do general abre a maior frente de crise na campanha de Bolsonaro desde a promessa de recriação da CPFM, defendida por Guedes durante encontro com empresários.
Com agravante crucial: a amplitude do estrago. A dez dias das eleições, uma ameaça contundente a direito trabalhista fundamental tem potencial para causar grande estrago no desempenho de Bolsonaro.
De acordo com rodada mais recente do Ibope, o presidenciável está na dianteira da preferência do eleitorado, com 27%.
Logo atrás, com 21%, vem Fernando Haddad, do PT.
Ciro Gomes (PDT) tem 12% e Geraldo Alckmin (PSDB), 8%.
Na reta final da corrida, a declaração de Mourão vai municiar os adversários de Bolsonaro.
Também pelo Twitter, o ex-governador de São Paulo não perdeu tempo.
“A campanha de Bolsonaro é lamentável”, escreveu Alckmin. “O filho, vereador pelo RJ, passa o dia me atacando com mentiras. Ontem, imitando o pai, fez apologia à tortura.”
O tucano acrescentou: “O vice, depois de ofender indígenas, negros e mulheres, ataca agora o 13º e as férias dos trabalhadores. E querem a volta da CPMF”.
Na propaganda eleitoral, Alckmin investe suas energias em tentar desconstruir Bolsonaro.
Até o momento, porém, a estratégia não tem surtido tanto efeito.
Fonte: O Povo
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