Saúde
Indústria. Em busca de alimentos mais saudáveis
Seguindo legislação e novos hábitos dos consumidores, o investimento em reformulação de produtos é aposta para redução de níveis de açúcar, sódio e gorduras saturadas.
A partir de 2018, chegam às prateleiras dos supermercados produtos de confeitaria da marca Nestlé com os sabores conhecidos dos consumidores, mas com um volume de açúcar reduzido em 40%. Pelo menos, foi o que anunciou a empresa no fim de novembro. São poucos os detalhes enquanto a fórmula não é patenteada. Em tese, a nova estruturação do açúcar permitirá dissolução mais rápida, sendo possível utilizar menores quantidades do ingrediente.
Diminuir sal e gorduras saturadas. Inserir mais vitaminas, minerais e grãos inteiros. São formas de adequar o portfólio nutricional da marca, informa a Nestlé.
No mundo, a empresa investiu 1,7 bilhão de dólares em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) em 2015. Um financiamento para que as composições dos produtos possam ser reformuladas. Uma busca para reduzir substâncias de risco potencial à saúde se consumidas em excesso e já deixadas de lado por quem busca se alimentar melhor.
Retirar 28,5 toneladas de sódio dos alimentos brasileiros até 2020 é uma das estimativas do Ministério da Saúde, que firmou acordo com a Associação das Indústrias da Alimentação (Abia) ainda em 2011. A iniciativa integra o Plano de Redução do Consumo de Sal pela População Brasileira. Até agora, foram 14,8 toneladas reduzidas com a adesão voluntária das empresas.
De cooperação técnica firmada também com a pasta em 2007, a Abia traz a estimativa de 309 mil toneladas de gorduras trans retiradas dos produtos brasileiros. Agora, as discussões de um novo acordo se voltam para as quantidades de açúcar. Segundo o Ministério, 16,3% das calorias consumidas diariamente pelo brasileiro vêm da substância. O percentual recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de até 10% ao dia.
As iniciativas do Governo e um nicho crescente de mercado, com consumidores em busca de alimentos mais nutritivos, têm despertado as grandes empresas à pesquisa e substituição de ingredientes, analisa Rafael Zambelli, professor do Departamento de Engenharia de Alimentos da Universidade Federal do Ceará (UFC). Um movimento que norteia a pesquisa acadêmica, como o desenvolvimento de produtos ricos em proteínas e fibras e a potencialização dos efeitos benéficos dos nutrientes. E que, conforme Zambelli, já era o foco de pequenos fabricantes voltados aos alimentos com grãos inteiros e zero açúcar, por exemplo.
A tendência alcança as empresas de grande porte e pode se intensificar nos próximos anos. Segundo a Abia, o setor da indústria da alimentação tem investido entre 3% e 5% do faturamento em P&D nos últimos cinco anos. Os recursos são voltados não apenas para pesquisa voltada para os nutrientes, mas abrangem também embalagens, recursos humanos e processos em geral.
SAIBA MAIS
Alimentos processados, segundo o Modelo de Perfil de Nutrientes da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), inclui os produzidos industrialmente com sal, açúcar e ingredientes para preservar ou melhorar o sabor dos alimentos.
Os ultraprocessados contêm substâncias extraídas de alimentos, como soro de leite e proteínas isoladas, ou sintetizadas, como óleos hidrogenados e amidos modificados.
Fonte: O Povo
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