Brasil
Entenda as Acusações do Impeachment
Em uma sustentação oral exemplar, equilibrada tanto no aspecto jurídico quanto no político, O ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, iniciou a defesa da presidente Dilma Rousseff hoje (15) no processo de Impeachment na Câmara dos Deputados, lembrando que os tempos são outros, mas a Constituição é a mesma.
Ele considerou que o processo é nulo (por ter sido iniciado num ato viciado) e, se aprovado, o impeachment será uma ruptura constitucional. Cardozo também voltou a desqualificar o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) que, para ele, “não sobrevive a uma simples análise, a uma simples leitura.”
“Não existe fato contra a presidente capaz de derrubar os 54 milhões de votos que a elegeram. Quando se suprime o voto, se perde a liberdade. A História não perdoará aqueles que romperem com a democracia. Qualquer governo que venha a nascer de uma ruptura institucional, não terá legitimidade para governar. Cedo ou tarde isso será cobrado”, afirmou Cardozo.
“Não há ilícito, não há dolo [intenção]. E, se esta Casa [a Câmara] vier a seguir outro caminho, estará revelando descompromisso profundo com aquilo que outrora se festejou quando se derrotou a ditadura no Brasil”, disse.
A defesa de Cardozo levantou um coro de deputados com a palavra de ordem “Não vai ter golpe”.
Fonte: Pragmatismo Político
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