Economia
Turismo rural avança, mesmo em ritmo lento
[caption id="attachment_11042" align="alignleft" width="600"]As propriedades cearenses nesse segmento resumem-se a hotéis-fazenda e locais que promovem a prática do turismo de aventura (Foto:Reprodução)[/caption]No Ceará, número de empreendimentos nesse segmento se multiplicou, chegando hoje a mais de 40
No Ceará, número de empreendimentos nesse segmento se multiplicou, chegando hoje a mais de 40
Vetor de negócios, que movimenta a economia no Interior do Ceará, o turismo rural cresce num ritmo bem menor perante o amplo potencial que possui. Empresários do setor afirmam “remar contra a maré” e dizem que essa modalidade turística está sempre em segundo plano em relação aos investimentos recebidos por regiões litorâneas. Mesmo assim, nas últimas décadas, o número de empreendimentos nesse segmento se multiplicou, chegando hoje a mais de 40 no Estado, entre hotéis-fazenda e locais que promovem a prática do turismo de aventura.
“O turismo rural não é prioridade. Ele ainda não é divulgado nos catálogos oficiais. Nosso faturamento é pequeno, mas a cada ano cresce mais. Começamos com apenas dois empreendimentos e hoje já temos mais de 40 em todo o Estado. Estamos lutando para conseguir impulsionar e projetar o segmento. Esse é o objetivo desse evento”, frisou Francisco Andrade Garcez, presidente da Associação Brasileira de Turismo Rural, entidade que está promovendo até 27 desse mês, em Fortaleza, a Conferência Intercontinental de Turismo Rural (CINTURR), na Assembleia Legislativa, em Fortaleza.
O evento, segundo ele, busca ampliar discussões sobre atividade, enquanto gerador de negócios, além de ressaltar a importância da interiorização do turismo como alternativa de desenvolvimento econômico sustentável. A Conferência conta com a parceria da Associação Portuguesa de Turismo Rural (Privetur), da Federação Europeia de Turismo Rural (Eurogîtes) e do Instituto de Desenvolvimento do Turismo Rural (Idestur).
Desafios
De acordo com Apolônia Rodrigues, representante de Portugal, o turismo rural tem características e desafios semelhantes, independentemente de cada país. “O turismo rural vive muito da autenticidade, daquilo que é genuíno em cada região. Em Portugal, temos casas rústicas, simples, onde o visitante pode experimentar e partilhar da nossa vida no dia a dia. Nenhum outro turismo proporciona essa experiência tão rica. Mas é preciso pensar e agir global porque se não houver conhecimento e troca de experiência dessa atividade em diferentes países não vamos ter retorno de todo esse investimento”, defende.
Apolônia Rodrigues ressaltou os benefícios da atividade para o desenvolvimento sustentado das regiões. “Temos o artesanato, os pequenos comércios que se localizam no entorno dos nossos negócios, empregos que são gerados. Tudo isso está ligado e faz parte do turismo rural. Esse é o caminho para juntar comunidades e negócio. Integrar, partilhar”, frisa.
Evento
Com o tema central “Turismo Rural – Cenários, Desafios e Soluções” e tendo como público alvo pequenos e micro empresas, além de empresas de grande porte, instituições e entidades, profissionais e academia ligada ao setor, o evento conta com cerca de 500 inscritos nas atividades técnicas da Conferência. A iniciativa, que inclui diversas palestras, reuniões e mesas redondas, será encerrada com visitas técnicas a empreendimentos de turismo rural filiados à Associação Cearense de Turismo Rural
Experiência local
Régis Caminha Barbosa, proprietário do Hotel Chalé Nosso Sítio, localizado em Pacoti, na Serra de Guaramiranga (CE), reforça os desafios enfrentados pelo turismo rural. “O turismo pelo interior do Estado se concentra nos fins de semana, o que é complicado para quem sobrevive dessa atividade. E o que complica mais a nossa vida é que no Ceará todas as políticas públicas voltadas ao turismo são direcionadas para sol e praia. E não para o lazer rural e campestre”, reclama. Segundo ele, outro agravante é o fato de São Paulo ser o principal emissor de turistas para o Ceará. “Assim fica difícil concorrer, pois em São Paulo há uma grande quantidade de empreendimentos no interior do estado bem mais estruturados do que no Nordeste. Então 80% do nosso público são fortalezenses, o que justifica o fluxo turístico de fins de semana. O restante fica dividido entre visitantes do Rio Grande do Norte (10%) e de cidades do interior cearense (10%)”, explica Barbosa.
Conforme o empresário, enquanto nos fins de semana a ocupação de seu hotel chega a 100%, de segunda a sexta o turismo se restringe a um e outro casal em lua de mel e a eventuais visitantes. “Quando raramente recebemos um europeu ou paulista é porque eles já residem no Ceará. O nosso clima e o apelo da Natureza costuma atrair mais casais ou crianças, que não estão acostumadas à vida no campo e se encantam com os 150 hectares de natureza. A proximidade da Capital (100 quilômetros) e a temperatura até 24 graus de dia e até 17 graus a noite também são atrativos”, emenda.
Fonte: Diário do Nordeste
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