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Solonópole> Devotos caminham 24 km durante a madrugada em devoção a São Francisco

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A tradicional Romaria de São Francisco em Solonópole atraiu devotos que caminharam durante a madrugada do último domingo. O percurso de 24 km é feito a partir da Igreja Matriz de Solonópole, dedicada ao Bom Jesus Aparecido. Os católicos se concentram na praça e à meia-noite começa a caminhada até o distrito de Assunção.

Por volta das 6 horas da manhã, com a chegada dos devotos aconteceu um café partilhado e um momento de reflexão com o seminarista, Adovaldo Pinheiro.

A romaria é organizada por Jean Nedson Pinheiro, genro de José de Araújo e Socorro Pinheiro, filha do Franciscano, com apoio da Prefeitura Municipal de Solonópole, empresas parceiras e amigos.

“Este é mais um evento que entra para o calendário turístico religioso do município”, frisou a professora Socorro Pinheiro.

História da Tradição do Franciscano José de Araújo Pinheiro em Solonópole

José de Araújo Pinheiro ia a pé todo ano para Canindé, aproximadamente 200 quilômetros de Solonópole, e para o distrito de Assunção, 24 quilômetros, com a finalidade de expressar sua devoção a São Francisco. O percurso para Canindé foi realizado durante 37 vezes e, para Assunção, nunca soube dizer ao certo.

A romaria sempre teve um grande sentido para José de Araújo. Era mais que um sacrifício, era um agradecimento pela vida. Um gesto simples e humilde, inspirado em São Francisco de Assis, um peregrino que viveu em total abnegação e em missão de paz e bem. Por opção, São Francisco abraçou a pobreza e demonstrou durante toda sua vida amor a Deus e a todas as criaturas da terra, tratando-as como irmãos.

São Francisco era amigo da natureza. Dedicou-se aos pobres e aos doentes, sobretudo aos leprosos, com infinito e verdadeiro amor. A mensagem de amor de Francisco está viva em nosso coração. Em sua mais bela oração, ele nos ensina a ser instrumento de paz.

José de Araújo tinha alma franciscana. Seu sentimento de bondade e de fé despertou em nós o desejo de continuar a romaria, repetindo ano a ano, o gesto de peregrinação, com o mesmo espírito de unidade e de gratidão ao Nosso Pai Criador e a São Francisco pela intercessão.

Em 2011, José de Araújo já debilitado por conta da doença não fez sua romaria. Mas suas filhas e alguns amigos, ao todo nove pessoas, deram continuidade. Em 2012, ano de falecimento de José de Araújo, fizemos a romaria com a participação de oito pessoas; em 2013, com 12 pessoas, em 2014, com 39, em 2015, com 230 pessoas, em 2016, com 160 pessoas, em 2017 com 300 pessoas, e em 2018, com mais de 600 pessoas.

A romaria tornou-se tradição e tem como principal motivo a fé em São Francisco, modelo de caridade e simplicidade.

Fonte: Diário Centro Sul

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