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Reinfecção com variante inédita do coronavírus no Brasil é identificada em Minas Gerais

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Uma reinfecção pelo novo coronavírus identificada em Minas Gerais — a primeira no Estado — foi provocada por linhagem que ainda não havia sido detectada no Brasil. Conforme o Laboratório de Imunopatologia da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), baseado nos principais bancos de dados globais de informações genéticas do novo coronavírus, a linhagem circula nos Estados Unidos desde outubro de 2020.

A reinfecção foi provocada pela linhagem B.1.2 em um médico de 29 anos morador de Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sem comorbidades ou imunodeficiências, ele apresentou sintomas da Covid-19 pela segunda vez em 6 de janeiro.

A confirmação da reinfecção ocorreu na última segunda-feira, dia 1º, em trabalho conjunto da UFOP com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Nas duas infecções não houve necessidade de internação.

O médico, que, além de trabalhar em Sabará, atende também em Belo Horizonte e em Caeté — outra cidade próxima à capital mineira —, relatou, à época, ter acabado de retornar de viagem ao Rio de Janeiro. A reinfecção ocorreu 230 dias depois do contato inicial do médico com o novo coronavírus. O primeiro teste positivo dele ocorreu em maio, com a linhagem B.1.1.28.

A universidade afirma que o médico passou por exame sorológico, e o resultado foi positivo para o anticorpo IgG, que combate a Covid-19, em agosto. Em dezembro, porém, o mesmo exame apresentou resultado negativo.

O pesquisador Alexandre Reis, do Laboratório de Imunopatologia da UFOP, explica não ser possível afirmar que a reinfecção tenha sido motivada apenas a exposição a uma nova linhagem do vírus. “O fato de os níveis de anticorpos do paciente terem negativado, assim como outros fatores ainda não bem elucidados, devem também ter contribuído para o quadro”, destacou em comunicado da UFOP.

Novas variantes

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais informou, nesta terça-feira (2), que a variante P.1, identificada inicialmente em Manaus, foi detectada no estado, em duas amostras de material genético analisadas pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Minas Gerais (Lacen). As amostras, conforme a Pasta, são de duas pessoas da capital amazonense que estavam em viagem a Belo Horizonte.

Estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de Campinas (Unicamp) sugere que a variante P.1 pode escapar dos anticorpos produzidos no organismo humano pela vacina CoronaVac, o principal imunizante utilizado no Brasil contra a Covid-19. Os dados preliminares, porém, foram levantados a partir de um grupo pequeno de voluntários.

Fonte: Diário do Nordeste

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