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Presos trabalham na montagem de casas para cães de rua em Pelotas

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Um projeto iniciado no Presídio Regional de Pelotas, na Região Sul do Rio Grande do Sul, tem proporcionado melhorias para cães de rua da cidade, e ao mesmo tempo para os detentos. Três presos trabalham na marcenaria montando casinhas para esses cachorros. Com três dias de serviço, eles diminuem um dia da pena cumprida.

As casinhas são feitas de madeira e com telhas no teto. Desde que o projeto começou, há cerca de dois meses, mais de 50 estruturas foram montadas.

“Uma das coisas que ajuda bastante a passar o tempo é ocupar a mente com serviço, né? Então tem me ajudado muito. Deus também tem me dado muita força também, de superar. Essa parte dos trabalhadores também é muito boa, digamos que é o melhor lugar da cadeia”, diz um dos presos, que tem a identidade preservada.

Diretor do presídio, Fluvio Bubolz ressalta a importância do projeto no que diz respeito à ressocialização. “Não adianta a gente trancar o preso, deixar o preso sem fazer nada. Então a gente procura dar o trabalho, o trabalho prisional que dignifica”, justifica.

“Se fosse pra ficar o dia todo, a noite toda fazendo, a gente ficava fazendo, porque o animal passar frio nesse inverno (…) Se a pessoa já é difícil, imagina um animal”, diz outro preso, também sem se identificar.

Depois de prontas, as casinhas são colocadas em pontos da cidade, à espera de cães para ocupá-las.

Moradores de Pelotas também têm um papel importante no projeto, já que doam materiais para o presídio. De acordo com o diretor, ainda é possível retirar as estruturas no próprio local.

“As pessoas que pedem na maioria das vezes são pessoas que cuidam de animais que ficam na frente da casa delas, que são abandonados, são cachorros que não têm dono. E gente vai e manda a casinha”, completa Bubolz, que acresenta que existe dificuldade com o transporte. É necessário chamar alguém que tenha um caminhão para colaborar com as entregas.

Junto às casinhas, também há moradores que deixam ração para os bichinhos terem o que comer, além de agasalhos. “Eu botei um cobertor ali e uns jornais, e eles adoram ficar ali dentro”, conta a dona de casa Maria Queiroga.

Fonte: G1

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