Ceará

Polícia Civil investiga se ‘puxadinho’ construído irregularmente no Edifício Andrea contribuiu para desabamento

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A Polícia Civil do Ceará está investigando se a existência de um andar irregular no Edifício Andrea, em Fortaleza, pode ter ajudado a causar o desabamento da estrutura. A construção de um ‘puxadinho’, o oitavo andar do pavimento, não está presente na Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) que previa a construção do condomínio. Além disso, um registro em cartório também aponta que a intervenção foi omitida do registro do prédio. O andar irregular é um anexo do apartamento 701 e teria sido construído entre 1982 e 1983, de acordo com o registro imobiliário do Edifício Andrea.

O Edifício Andrea desabou em 15 de outubro do ano passado, e a investigação das causas da queda da estrutura segue em andamento sob responsabilidade do 4º Distrito Policial, no Bairro Pio XII, na capital cearense. Nove pessoas que estavam no local morreram soterradas; outra sete foram resgatadas com vida sob os escombros.

Conforme o registro do imóvel, o oitavo pavimento foi construído sem ART no terraço do Edifício Andrea, cujo peso não estava previsto no cálculo estrutural realizado.

O acréscimo ocorrido no terraço, de 60m² de área, “refere-se à construção em alvenaria de 3 (três) banheiros, 2 (duas) salas e 3 (três) quartos, que foram construídos sobre a última laje do apto 701 (cobertura), área esta omitida quando da averbação da construção do citado edifício”, anota o Cartório de Registro de Imóveis da 1ª Zona da Comarca de Fortaleza, documento ao qual o G1 teve acesso.

O registro em cartório foi realizado pelo bancário Clotário Sousa Nogueira, que adquiriu o apartamento em 1983, após, segundo ele, ter constatado que a área extra não estava presente no documento de compra ao qual teve acesso. Clotário e a família não estavam dentro do seu apartamento no momento do desabamento do Edifício Andrea.

Fonte: G1 CE

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