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Opinião – Iguatu para além do que se vê. Por Jan Messias

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Espero que o texto seja breve, porque temos pressa.
Há muito a fazer, muitos planos a cumprir, mas o trabalho é dobrado.
Temos que pensar e ainda arrumar os recursos tão escassos.
É urgente usar o potencial humano e geográfico de Iguatu em favor do seu povo.
Devemos aproveitar o momento de construir e consolidar as bases do nosso desenvolvimento para um crescimento mais integrado, mais estruturado.
Iguatu já brilhou no branco do algodão e com o bicudo, tudo ruiu e muita coisa se acabou ou perdeu o brilho.
Por isso precisamos pensar em um trabalho integrado, para consolidar nossa teia produtiva local.
Aqui se faz, aqui se compra, aqui se circula o dinheiro e atrai mais.
Para muito além de nossa cidade, precisamos com urgência trabalhar nossa identidade regional.
Somos muito mais que Iguatu e abraçamos cerca de 11 cidades e mais de 300 mil pessoas.
E essa integração não pode se dar apenas na esfera comercial.
Nossa cultura deve ser o elo mais nobre e que une as pessoas para desenvolver o meio.
E não apenas a cultura, mas nossas políticas ambientais e sociais também podem ser pensadas em conjunto, para um impacto e alcance bem maior.
Se pensarmos no turismo, Iguatu é mais do que a maioria pensa.
Enquanto Icó pode desenvolver e muito o turismo histórico, Iguatu tem grande potencial para o turismo ecológico, de aventura, para ser desenvolvido.
Além das atrações geográficas, nossa rede hoteleira é a mais estruturada da região, também com potencial para expansão, movimentando a roda da economia.

IGUATU E A POLÍTICA DO FUTURO
De todas as áreas, a política de Iguatu mostra um cenário promissor, mas que tem suas ressalvas.
A cidade viveu um momento de contestação coletiva de um modelo de política.
Depois de 12 anos a população tira do poder o grupo.
Um grupo que iniciou uma estruturação da cidade e tem seus méritos, como o de dar a cidade uma nova e vistosa cara.
Porém, em certos aspectos, mas esses mesmos méritos, em alguns casos, resultaram em problemas com a justiça e desgastes políticos.
Além disso, ao longo desses 12 anos não se destacou a liderança regional de Iguatu, ou consolidou laços fortes no sentido de favorecer de fato ( mais que apenas com promessas ) a nossa cidade e a região como um todo.
Nesse cenário ainda consideravelmente frágil, se pode observar um horizonte positivo.
Nunca antes a participação popular esteve tão presente acompanhando e tomando a frente de diversas ações.
No entanto, é preciso que se atente para que essa mobilização popular não seja impulsionada por interesses mesquinhos.
Mesmo assim, a esperança reside na formação e fortalecimento da juventude, que tem cada vez mais se aproximado da política de uma maneira prática, por meio de ações.
Em Iguatu podemos listar vários momentos, de 2012 para cá, por exemplo, nos quais o poder das pessoas se fez ouvir pelo poder público.
Vamos trabalhar para que o poder das pessoas passe a ser cada vez mais o poder público de fato.
Assim, apesar de ainda nebuloso, podemos ter boas esperanças para o futuro da nossa cidade, principalmente se tornarmos parte na construção desse futuro.
Vivemos um momento de fragilidade, mas a união das pessoas em torno da ideia de uma cidade e de uma região melhor, mais bem estruturada e com menos contradições, seremos muito maiores do que somos!
Em tempo outros textos vão, explicar melhor pontos desse primeiro e mais geral.
Vamos acompanhando e debatendo!
Abraço!

Jan Messias
Radialista, blogueiro, professor, motociclista, tio, irmão, fotógrafo, cronista e por enquanto secretário de cultura e turismo de Iguatu.

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