Ceará
Mulheres representam 60% dos usuários de ônibus em Fortaleza
As mulheres vêm ganhando mais espaço nos estudos e no mundo do trabalho. No Ceará, elas são a maioria da população (51,47%) e têm assumido maior papel na chefia das famílias, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Fortaleza, também chama a atenção que elas sejam 60% dos usuários do transporte coletivo. O dado preliminar é da Pesquisa Origem-Destino, realizada pela Prefeitura e que está com 70% de execução.
Uma das usuárias assíduas é a atendente Maria Patrícia, 30. Diariamente, são seis ônibus embarcados. “Você sabe: transporte público, se perder um, atrapalha todo o dia”, garante com a experiência de quem sai de casa mais cedo, às 10h, para chegar ao emprego antes de meio-dia.
“Por causa dos engarrafamentos, não sei se vai ter algum acidente no caminho”, aponta. No trajeto de retorno, da Messejana para o Montese, se apega à fé por causa da insegurança. “É um risco que vou correr sempre”, lamenta.
Conforme o engenheiro da Prefeitura Victor Macêdo, há algumas hipóteses sobre a maior presença feminina nos coletivos, mas prefere não adiantá-las porque “falta a leitura da cidade como um todo”. No entanto, apresenta a informação de que, quando o motivo da viagem é “acompanhar alguém”, elas respondem por quase 70% do total. “São ações como levar o filho à escola ou levar um idoso ao médico”, exemplifica.
DEMANDAS
A dona de casa Maria de Fátima, 38, “bate ponto” no terminal toda segunda-feira para levar Maria Eduarda, de 2 anos e seis meses, a um núcleo de atendimento no bairro Rodolfo Teófilo. São quatro ônibus – e quatro desafios. “Às vezes, é lotado para passar na roleta com criança. Outros motoristas não esperam nem eu descer, porque, com ela, eu demoro mais a sair”, reclama.
O engenheiro Victor Macêdo informa que, a partir das demandas da população feminina, será possível elaborar políticas públicas específicas; dentre elas, melhorias no botão Nina, ferramenta do aplicativo Meu Ônibus para facilitar denúncias de assédio, nas paradas e em terminais. “Como podemos intensificar essa ação? Em que regiões têm mais mulheres?”. São perguntas que ele espera serem respondidas com a Pesquisa.
Quem espera por tais melhorias é a estudante de Enfermagem Nívea Cunha, 18. Ela era acompanhada pelo pai, de ônibus, até a faculdade. Agora, pega carona com o namorado até um terminal, mas ainda teme inconveniências durante o percurso. “Tem homem que faz de tudo pra encostar em você, então a gente tem que sair de um aperto pra ficar no mais apertado ainda, pra não sofrer esse abuso”, relata.
Fonte: Diário do Nordeste
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