Saúde

Grupo de pesquisadores cria vacina 100% eficaz contra a malária

[caption id="attachment_5315" align="alignleft" width="600"](Foto:Reprodução)[/caption]Um grupo internacional de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos desenvolveu uma vacina contra a malária com 100% de eficácia. 

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(Foto:Reprodução)

Um grupo internacional de pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos desenvolveu uma vacina contra a malária com 100% de eficácia. 

 

Esse é o primeiro imunizante a alcançar tal nível de proteção, mas há largos obstáculos para que ele chegue à população mais vulnerável à doença. A proteção completa foi conquistada após administração intravenosa de cinco doses da vacina. Além disso, especialistas afirmam que a produção em grande escala é praticamente inviável. O trabalho divulgado hoje na revista Science, porém, surpreende ainda se forem levadas em conta estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu como meta uma vacina contra o mal com pelo menos 80% de eficácia até 2025.

O pesquisador Stephen Hoffman e a equipe liderada por ele selecionaram 57 voluntários, sendo 17 integrantes do grupo de controle, que não foi imunizado. Quarenta participantes foram divididos em grupos que receberam doses variadas da vacina PfSPZ. Nenhum dos seis indivíduos submetidos a cinco doses contraiu a doença após ser exposto ao parasita causador da malária, o Plasmodium falciparum. Das nove pessoas com uma vacinação a menos, três foram infectadas. Os demais participantes apresentaram uma proteção intermediária. A PfSPZ utiliza o princípio básico de imunização, passando aos indivíduos uma versão enfraquecida do agente patológico em uma forma específica do ciclo de desenvolvimento biológico, o esporozoíto.

Essa é apenas uma das formas de o parasita injetar o mosquito ao picar um indivíduo, mas é a única que pode levar ao desenvolvimento da doença em humanos. O esporozoíto entra na corrente sanguínea e segue para o fígado, em que fica incubado por alguns dias até voltar à circulação e infectar os glóbulos vermelhos. Os últimos se rompem com a infecção, o que provoca os picos de febre característicos da malária. A descoberta de que essa forma do parasita poderia agir imunologicamente aconteceu principalmente pela observação da imunidade clínica — a pessoa ainda é infectada, mas não desenvolve a doença — entre moradores de regiões endêmicas. Eles eram picados continuamente e desenvolviam a doença por várias vezes até que começavam a ter tipos de malária mais brandas, alguns assintomáticos.

 

Fonte: Correio Braziliense

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