Ceará

Dono de clube onde houve chacina no CE quer alugar local e transformar em igreja

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O empresário dono da casa de show “Forró do Gago”, onde houve a maior chacina do Ceará, com 14 mortes, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (1º) no 13º Distrito Policial, no Bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza. O clube foi fechado e não pode voltar a oferecer festas, mas poderá funcionar com outras finalidades. Segundo o dono falou em depoimento ao delegado Hélio Marques, ele pretende alugar o espaço para transformar em uma igreja evangélica.

Em seguida, ele foi encaminhado para a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa para depor sobre a chacina. Na unidade, ele também saiu sem falar com a imprensa.

O espaço já havia sido fechado temporariamente em 2017 por sediar uma festa em “comemoração” à morte de um sargento da Polícia Militar. Questionado pela polícia, ele diz que não sabia se o local era utilizado para festas de membros de facção criminosa.

O clube foi fechado por poluição sonora; segundo o delegado Hélio Marques, o local está “fora dos padrões” para a realização de festas. “É crime ambiental, porque o som lá atingia níveis de mais de 150 decibéis, faz mal à saúde. Eu agora fechei, não vai mais abrir, não. A meu ver, o negócio funcionava irregularmente; pelo que eu apurei até agora, estava fora dos padrões.”

O delegado afirmou que iria analisar o alvará de funcionamento do local para checar se há outras irregularidades.

Casa de show está fechada após delegado constatar crime (Foto: Cinthia Freitas/G1)

Ainda conforme o delegado, o dono do local afirmou em depoimento que não é responsável pelas festas e aluga o espaço para o organizador dos eventos, que ainda será ouvido pela polícia.

O dono do Forró do Gago deve ser indiciado por crime ambiental, segundo a polícia. O crime tem pena de um a quatro anos.

Chacina no Forró do Gago

Na madrugada de sábado (27), um bando armado invadiu a casa de show e disparou vários tiros, matando 14 pessoas e deixando várias feridas. Seis suspeitos foram presos e um morreu em confronto com policiais.

Com a quadrilha, foram apreendidas várias armas de fogo, incluindo um fuzil.

Por conta da crise da segurança, o governador Camilo Santana solicitou apoio do Governo Federal, que se comprometeu a enviar para o Ceará uma equipe da Polícia Federal para investigar as quadrilhas. Os policiais devem chegar na próxima semana.

Diante do cenário de insegurança, a OAB no Ceará cobrou do Governo do Estado o esvaziamento das cadeias, onde há constantemente fugas, rebeliões e conflitos. A Secretaria da Justiça do Ceará pediu um prazo de seis meses.

Fonte: G1/CE

 

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