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Denúncia sobre extinção de espécie repercute no Brasil

[caption id="attachment_3738" align="alignleft" width="500"](Foto:Reprodução)[/caption]Entidades ambientais de todo o País lamentam as ações criminosas que estão ocorrendo no litoral cearense.

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(Foto:Reprodução)

Entidades ambientais de todo o País lamentam as ações criminosas que estão ocorrendo no litoral cearense.

 Somente uma, em cada mil tartarugas que nascem, chega à idade adulta. A espécie corre o risco de extinção, o Ceará lidera o extermínio no País.

Fortaleza Muitos leitores foram pegos de surpresa com a reportagem especial de ontem do Diário do Nordeste. A denúncia sobre o abate de tartarugas marinhas, espécie com risco de extinção, gerou indignação e cobranças aos órgãos fiscalizadores. A forte presença de tartarugas no mar do Ceará era de desconhecimento de muitos, bem como o comércio clandestino da carne para a culinária exótica. O assunto repercutiu nacionalmente, por meio de entidades ambientalistas. Nas redes sociais na Internet, os comentários foram de cobrança ao segmento da sociedade que come a carne exótica de tartaruga.

“Além de esclarecedor, o Diário do Nordeste pode sensibilizar a opinião pública que está, via de regra, longe das ações do Tamar, mas muito próxima da ilegalidade praticada com as tartarugas e o meio ambiente”, afirmou César Coelho, coordenador nacional do Projeto Tartaruga marinha, do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMbio).

Tartaruga-verde

O abate afeta principalmente a espécie Chelônia mydas, mais conhecida por tartaruga-verde, ou aruanã, como chamam as comunidades dos povos do mar. Todos os anos, mais de 300 desses animais, entre jovens e adultos, são mortos no litoral entre os municípios de Itarema e Acaraú, no litoral leste do Estado.

O problema é acompanhado de perto há duas décadas pelo Projeto Tartaruga Marinha (Tamar), do ICMbio. O repórter Melquíades Júnior viajou para os dois municípios onde o problema é maior.

“Um dos desafios na apuração é o silêncio com que o comércio é tratado nas duas cidades. Publicamente, é unânime a informação de que o comércio é proibido. Mas aos poucos os pescadores, dentre outros moradores, admitem a comercialização da carne e até mesmo onde é possível fazer a compra”, afirma Melquíades Júnior.

Devido a existência de uma sede do Projeto Tamar, em Acaraú, o trabalho de educação ambiental tem gerado bons resultados. Mas em todos os lugares do país onde o problema existe, está no Ceará a situação mais crítica, conforme o coordenador nacional do Projeto Tamar, César Coelho. “Isso se arraigou mais na cultura do cearense do que em outros Estados”, afirmou. Para Eduardo Lima, coordenador do Tamar no Ceará, a conscientização terá melhores resultados nas novas gerações.

 

Fonte: Diário do Nordeste

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