Regional
Cariri discute a implantação de um porto seco

A construção do chamado porto seco no Cariri é um debate antigo no Ceará. Importante estação intermodal, o equipamento daria viabilidade logística e diminuiria o custo para aumentar a importação e exportação de produtos cearenses. Mas a discussão caiu no limbo em razão da paralisação da ferrovia Transnordestina, que ainda não saiu do papel após 13 anos. A possibilidade de retomada da obra e a nova administração do Aeroporto de Juazeiro do Norte, que foi concedido à espanhola Aena, trouxeram a questão novamente à pauta.
A ideia é que o projeto seja instalado no município de Missão Velha. A localização geográfica tem como objetivo aproveitar a futura linha férrea que ligará a cidade ao Porto do Pecém. No próximo sábado, 23, especialistas e empresários se reúnem no primeiro Fórum do Porto Seco do Cariri. O evento ocorrerá no Imperial Palace Hotel, às 8 horas, em Barbalha, distante 505 km da Capital. O presidente da Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (Aprazpe), Helson Braga, conduzirá o diálogo.
Ocorre que o novo projeto de execução e orçamentário da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) aponta que o trecho da Transnordestina no Estado poderá ser concluído em 2022. Isso porque a italiana Salini Impregilo entraria com investimento de R$ 2,2 bilhões para a retomada da linha Salgueiro (PE) – Pecém (CE).
A ferrovia deve ampliar o número de transportes de cargas no Ceará, permitindo um processo intermodal para escoar mercadorias. O trecho Missão Velha – Pecém seria o mais impactado, beneficiando todo o entorno.O secretário do Desenvolvimento Econômico e Inovação do município (Sedeci), Michel Araújo, reitera que a implantação de um porto seco só será viável quando a estrada de ferro estiver pronta. “Aumentaria a quantidade de produtos importados e exportados “, aponta.
Na prática, o equipamento é um terminal terrestre próximo a estradas férreas, rodoviárias ou aeroportos, que tem a função de dar suporte no armazenamento e despacho das mercadorias. O benefício do espaço é que o produto não precisa ser enviado imediatamente e pode fazer a nacionalização de forma fracionada.
Entre janeiro e outubro de 2018, vendeu US$ 320,4 milhões em produtos, segundo o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Os principais compradores são os países do Mercosul: Paraguai (56,3%) e Argentina (38,5%).
Durante o encontro, deverá ser criado um comitê para articular a concepção do projeto. “Vamos ouvir a palestra do Helson Braga, entender o que é, como funciona, quais são seus objetivos e a importância para a região e estados vizinhos, como Pernambuco, Piauí e Paraíba”, detalha, Geraldo Sinézio, organizador do fórum e Presidente do Instituto Crajubar de Educação e Cultura (ICEC ).
O secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior, destaca que toda movimentação para desenvolver a atividade econômica é positiva. Pondera, no entanto, que são necessários estudos de viabilidade, pois a instalação de um porto seco exige grande produção de bens para a exportação.
Fonte: O Povo
-
Noticias2 semanas atrás
Coletivo Miúdo de Teatro completa oito anos de existência com apresentações gratuitas em comunidades de Caucaia
-
Noticias1 semana atrás
Ceará é incluído no Programa Acredita para fomentar emprego e empreendedorismo, anuncia ministro do Desenvolvimento
-
Noticias1 semana atrás
Mel cearense conquista mercado dos EUA, que absorve mais de 90% das exportações do Estado
-
Noticias1 semana atrás
Anvisa autoriza uso do Mounjaro no tratamento da obesidade
-
Iguatu1 semana atrás
SPUMI luta para reverter recomendação do MP e evitar demissões de servidores em Iguatu
-
Iguatu1 semana atrás
Vila Neuma e Vila Moura recebem 1º Festival do Livro e da Leitura: Ribeira de Leitores
-
Ceará1 dia atrás
Motociclista de app tem moto roubada ao chegar a local de corrida no CE
-
Iguatu7 dias atrás
Pesquisa do IFCE em Iguatu consegue monitorar, com uso de drones, o estado hídrico de lavoura de milho