Americando
AMERICANDO: Resposta ao tempo
“E gira em volta de mim
Sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro
Sozinhos”(Resposta ao tempo, Aldir Blanc e Cristóvão Bastos)
O que temos essencialmente é o agora, tão somente… Veio-me esse lapso quando pensei em fatos do meu passado recente ao olhar um copo no qual bebíamos juntos. Lembrei-me de muitas coisas em poucos segundos. Tudo passa e geralmente não nos damos conta. Visitei memórias de momentos olhando o copo e de imediato também refleti que me encontro com outra pessoa agora, no presente, e construo mais um passado.
Joguei o copo fora… é… coisa de adolescente, não querer mais lembrar, mas lembrando ou outro capricho que nem faz mais sentido. Vejo que no presente instante, na companhia de uma outra pessoa, a urgente necessidade de aproveitar cada momento, sobretudo os de intimidade. Ouvi muito a música “Resposta ao tempo” de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos durante alguns dias em minha própria companhia… A casa com um tom de lembrança em cada lugar… No sofá que já fizemos amor, na cozinha alguns drinks e ao olhar a porta veio-me a lembrança de você entrando linda e graciosa… Passou… como diz esta música que escutei bastante “Que amores terminam no escuro sozinhos”. Passou …, mas não foi fácil… Interessante, natural e encantador é a vida despois te possibilitar outras oportunidades, momentos e pessoas para você desfrutar de outros bons momentos, viver outras intimidades e essencialmente na vivência do agora construir mais passados…
Após jogar o copo fora lembrei-me de quem em minha companhia está atualmente. Pouco tempo, pouca convivência, mas a cada encontro algo interessante e bom surge. Devido ao que passei a pouco tempo mental e sentimentalmente vivido, aproveito cada instante como se fosse essencialmente o último, pois pode ser… Ruben Alves diz que viver é perder tempo, mas a perca do tempo que temos deve ser dispensada aproveitando ao máximo cada momento; reitero, sobretudo os íntimos… Isso ficou em mim enquanto mantra após algumas solidões junto “às músicas de cotovelo”, o vento que entra pelas janelas da casa e a bebida que em um copo que já joguei fora eu bebia com você… digo, com aquela que não sei mais por onde andas…
Nem tristeza e nem alegria duram para sempre… O bom é que naturalmente tudo passa… é o que o tempo em realeza perfeição sabe fazer: passar… nós não. Ainda bem que ele passa e com ele tudo acaba, tudo se vai, tudo se consuma e tudo que tem vida padece… Outros sentimentos surgem, outras vidas brotam, outros dias, noites, risos, choros, começos e fins…
O que temos essencialmente é o agora, tão somente… Sentir saudade do que passou, daquilo que foi bom ou angustiante é quase que inevitável…, mas viver o agora, desfrutar com intensidade de tristezas e alegrias com a mesma naturalidade e vivência com o instinto lógico de cada ser em sobreviver é o que há… “Viver é melhor que sonhar” o poeta lá de Sobral já epigrafou. Viver tudo que nos vem à tona desfrutando cada instante, tudo tem valia…
No fundo é uma eterna criança
Que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
Me esquecer (Resposta ao tempo, Aldir Blanc e Cristóvão Bastos)
O que temos essencialmente é o agora, tão somente… Carpe diem.
Por Américo Neto (Professor)
Contato: [email protected]
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