Brasil
Cardiologista Roberto Kalil acredita que novo medicamento contra colesterol pode impulsionar adesão ao tratamento
O renomado cardiologista Roberto Kalil, apresentador do programa “CNN Sinais Vitais”, avalia que o medicamento recentemente aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o combate ao colesterol alto pode incentivar os brasileiros a aderirem ao tratamento.
A Anvisa deu sinal verde para a comercialização de uma injeção que age contra o colesterol ruim, também conhecido como LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade). O novo medicamento é capaz de reduzir os níveis de colesterol em até 50% e requer apenas duas aplicações por ano.
Durante uma entrevista à CNN neste sábado (9), o Dr. Kalil ressaltou que o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC) são as principais causas de morte no mundo, e o colesterol alto é um dos fatores de risco bem conhecidos e comprovados.
“Oitenta milhões de brasileiros têm colesterol alto. Dos que procuram tratamento, 90% não aderem às recomendações, que vão desde exercícios e dieta até o uso de várias medicações”, revelou o presidente do Conselho Diretor do Instituto do Coração (InCor).
Kalil explicou que já existem medicamentos disponíveis no Brasil para tratar o colesterol, tanto em forma de comprimidos quanto de injeções. No caso das estatinas, administradas oralmente, muitas vezes os brasileiros não seguem o tratamento devido a possíveis efeitos colaterais, como dores musculares.
Ele também mencionou que as injeções de anticorpos monoclonais, que também foram aprovadas pela Anvisa, requerem aplicações a cada 15 dias.
“A diferença desse novo medicamento é a frequência das aplicações. Em vez de ser a cada 15 dias, por exemplo, no primeiro ano, você toma logo no início, após 90 dias e, depois disso, apenas a cada seis meses. São apenas duas aplicações por ano, o que facilita a adesão ao tratamento”, acrescentou o chefe do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libanês.
Ele destacou um estudo publicado no The New England Journal of Medicine em 2020, que mostrou uma redução de até 50% do colesterol LDL e uma adesão total ao tratamento por todos os 1560 participantes do estudo, seguindo o cronograma de aplicações.
“Não é que esse medicamento vá revolucionar o tratamento. Existem várias opções de medicamentos para tratar o colesterol. Esse é apenas mais um no arsenal terapêutico, que pode facilitar a adesão ao tratamento no futuro”, continuou Kalil.
O cardiologista ressaltou que quando a Anvisa aprova um produto para uso, a população pode utilizá-lo com tranquilidade e sem medo. Acredita-se que o novo medicamento estará disponível no Brasil até o final do ano, beneficiando a população.
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