Mundo

Violações de direitos humanos no Egito se intensificaram

[caption id="attachment_9764" align="alignleft" width="600"](Foto:Divulgação)[/caption]Três anos depois das manifestações que levaram à renúncia do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, que ficou 20 anos no cargo, as autoridades militares que tomaram o poder continuam a reprimir as contestações populares e a violar os direitos humanos, informou um relatório divulgado hoje (23) pela organização não governamental (ONG) Anistia Internacional.

Published

on

(Foto:Divulgação)

Três anos depois das manifestações que levaram à renúncia do ex-presidente do Egito Hosni Mubarak, que ficou 20 anos no cargo, as autoridades militares que tomaram o poder continuam a reprimir as contestações populares e a violar os direitos humanos, informou um relatório divulgado hoje (23) pela organização não governamental (ONG) Anistia Internacional.

“O Egito viveu uma série de golpes nos direitos humanos e a violência subiu a uma escala sem precedentes nos últimos sete meses”, disse o representante da ONG Hassiba Hadj Sahraoui.

Para o próximo sábado (25), estão sendo organizadas celebrações para comemorar a saída de Mubarak. O movimento teve início em 25 janeiro de 2011, com as manifestações na Praça Tahir, no Cairo, a capital egípcia. De acordo com a Anistia Internacional, depois de três anos, a demanda pelos ideais de dignidade e respeito pelos direitos humanos da revolução de 25 de janeiro “parece estar mais longe do que nunca”. A organização acredita que, desde 2011, a instabilidade polarizou o país.

“Se as autoridades não mudarem de postura, o Egito vai ter as suas prisões cheias de pessoas injustamente detidas e os necrotérios com mais vítimas dos abusos da polícia”, lembrou a organização. De acordo com o documento da Anistia Internacional, desde julho de 2013, 1,4 mil pessoas foram mortas por violência policial.

Hoje, o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou que o Egito não será convidado para a reunião de cúpula entre os Estados Unidos e a África, em agosto deste ano, a primeira entre líderes das duas regiões.  Segundo Carney, o país tem de fazer a transição do poder para um governo dirigido por civis, em processo inclusivo.

O Egito está suspenso da União Africana desde julho de 2013, quando o ex-presidente Mohamed Mursi foi deposto por militares.

 

Fonte: Agência Brasil

EM ALTA

Sair da versão mobile