Ceará
Universidades do Ceará se mobilizam contra homicídios de jovens no estado
Os homicídios de jovens no Ceará vão ser pauta principal nas universidades do estado desta segunda-feira (26) até a quarta-feira (28), no início do semestre 2018.1. Uma frente de mobilização envolvendo professores e pesquisadores de diferentes universidades está promovendo um conjunto de atividades para sensibilizar a comunidade acadêmica contra o extermínio da população jovem, negra e pobre das periferias de Fortaleza e em outras regiões do Ceará.
Pesquisa divulgada em 2017 pela Unicef, agência da Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que o Ceará é o estado que mais mata adolescentes em todo o Brasil. O número de adolescentes mortos no Ceará em proporção à população é quase 10 vezes maior que o do estado que aparece com o índice mais baixo, Santa Catarina, com 0,93.
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Daniele Negreiros, psicóloga e técnica do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência (CCPHA), uma das entidades que apoia a mobilização, diz que a proposta é trazer para o cotidiano da universidade ações que impactem na prevenção a todas as formas de violência.
“As universidades começam a se unir e pensar como trazer isso [o tema] de forma mais concreta pro dia a dia, reunir ações e trazer mais materialidade e mais sensibilidade a essas situações que a gente vive”, comenta.
Nota de repúdio
O “Movimento cada vida importa: a universidade na prevenção e enfrentamento a violência no Ceará”, reúne mais de 30 laboratórios, grupos de pesquisa e projetos de extensão. Todos assinaram uma nota de repúdio à violência cotidiana vivenciada no Estado.
Além da nota, que deve ser lida por professores em encontros pedagógicos e durante apresentações de dissertação e tese, as ações incluem seminários, eventos e rodas de conversa sobre a prevenção e o enfrentamento aos homicídios.
De acordo com Daniele, como resultado das atividades vão ser construídos dois artigos acadêmicos para publicação em revistas.
A mensagem do manifesto relembra os números da violência no estado, que fechou 2017 com mais de cinco mil homicídios e teve, no primeiro mês de 2018, duas chacinas. A nota também critica a narrativa de que as pessoas que foram assinadas “mereceram”.
“Nosso compromisso com a produção de conhecimentos e com práticas sociais críticas à realidade nos leva ao entendimento de que a rede de violência instalada em nosso estado é complexa e se expande conforme o aumento da desigualdade social. Agir dentro da legalidade e combater as injustiças e iniquidades sociais deveriam ser o eixo condutor de uma política de segurança pública na qual toda vida importa”, diz a nota.
‘Como coletividade, queremos manifestar a nossa solidariedade às famílias enlutadas e, em associação com os movimentos sociais organizados, atuar na perspectiva de contribuir para interromper esta cadeia de violência. Estamos juntos e juntas nesta luta”, finaliza.
Fonte: G1/CE
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