Economia
Sinais de fragilidade na economia batem a porta do Palácio do Planalto

A desaceleração das vendas de automóveis está pressionando a indústria automobilística a antecipar férias coletivas para milhares de funcionários e coloca na ordem do dia a possibilidade de demissões. Essa é a maior preocupação para o Governo Federal que, nos últimos nove anos, tem como uma das principais bandeiras a criação de novos postos de trabalho.
O quadro, porém, é de preocupação e o Governo Federal tenta agilizar medidas para evitar uma onda de demissões que pode começar pela indústria automobilística. Uma medida provisória, que trata da flexibilização da jornada de trabalho e da redução de salários, está sendo elaborada para ser submetida à apreciação das centrais sindicais e do Congresso Nacional. A medida que está sendo debatida responde pelo nome de Programa Nacional de Proteção ao Emprego (PPE) e estabelece que, durante seis meses, os trabalhadores, para não perderem o emprego, poderão ter a jornada reduzida pela metade e, ao mesmo tempo, receberem apenas metade do salário que ganham.
A iniciativa é para atender as montadoras de veículos, mas poderá ser estendida a outros setores da indústria. O Governo Federal tem pressa. Quando as fábricas de automóveis ameaçam demitir, surge o primeiro sinal da crise mais aguda na economia. E para frear esse clima de pessimismo, o Governo tenta salvar milhares de empregos.
Fonte: CEARA AGORA