Automobilismo

Razia explica ao Correio saída da Marussia antes do começo do Mundial de F-1

[caption id="attachment_1311" align="alignleft" width="525"]Foto: Divulgação[/caption]Piloto conta que faltaram cerca de 4 milhões de euros dos 7 milhões acertados com a Marussia para ficar na F-1, admite que correu atrás “até de pizzaria” no fim das contas e diz que foi à igreja pedir forças.

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Foto: Divulgação

Piloto conta que faltaram cerca de 4 milhões de euros dos 7 milhões acertados com a Marussia para ficar na F-1, admite que correu atrás “até de pizzaria” no fim das contas e diz que foi à igreja pedir forças.

 

Desde 1971, quando era representado por Emerson Fittipaldi, o Brasil não tinha apenas um piloto na Fórmula 1, como nesta temporada 2013. E há muito tempo, o baiano Luiz Razia não se decepcionava tanto. Após conquistar uma vaga na principal categoria do automobilismo, ele se viu empurrado para fora por fatores financeiros e antes mesmo de completar três semanas como piloto da Marussia. Precisando de dinheiro, a equipe optou por colocar o francês Jules Bianchi no cockpit. O baiano nem andou direito no carro.

Enquanto não viu a cor da segunda parcela — a primeira, de cerca de 3 milhões de euros foi paga —, a equipe foi cancelando os treinos até receber o resto do combinado, cerca de 4 milhões de euros. Algo que nunca aconteceu. Angustiado, o piloto de 23 anos ainda correu atrás. Tentou petrolíferas, empresas de bebidas e “até pizzaria”, diz em entrevista ao Correio, brincando. É que, agora, o nervosismo já se transformou em um necessário bom humor.

 

Resultado do carinho de pai. Luiz Tadeu, ex-piloto e atualmente empresário do ramo agropecuário, é que cuida da carreira do filho. E também quem o consolou e deu ânimo para que ele continuasse. Pela segunda vez. Em 2011, o piloto quase abandonou tudo para fazer faculdade de engenharia mecânica. Foi quando apareceu a Arden e o levou ao vice-campeonato da GP2, no ano passado. Mais um motivo para ele não perder a esperança de estar na Fórmula 1. No domingo, Razia foi à igreja e pediu mais. “Agora, vou fazer o meu impossível”.

Como você recebeu a notícia de que, depois de anunciado e apresentado, não correria mais na Fórmula 1?

Eu não tinha as melhores esperanças depois que o pagamento atrasou, mas eu vi que ela é mesmo a última que morre (risos). Eu estava contando que alguma coisa ainda fosse acontecer. Acreditei até a hora em que eles me avisaram. Fiquei um pouco abatido pela forma como as coisas aconteceram.

Quando você começou a perceber que perderia a vaga da Marussia?

Só quando eles me ligaram, porque eu ainda acreditava. Na sexta-feira mesmo eu estava trabalhando em outras oportunidades de patrocinador para cobrir o pagamento, mas não deu certo.

 

Muito se falou nisso, mas, afinal, quanto faltou?

Uma temporada poderia custar em média de 6 a 7 milhões de euros. Já tínhamos feito o pagamento da primeira parcela, que era um pouco menos da metade. Então faltava pouco. Em termos de patrocínio até poderia ser uma coisa grandiosa, mas, para as grandes empresas, esse valor não é nada.

E esse dinheiro que vocês pagaram vão receber de volta?

Isso quem sabe é a Vera e o Téo. Eu prefiro ficar de fora.

E quem deveria ter desembolsado esses 7 milhões de euros?

Eram dois investidores de São Paulo que tinham investimentos próprios. Não eram empresas, eram pessoas físicas. Mas tiveram problemas na hora de passar o dinheiro.

 

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