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Preocupado com rebeldes, Vaticano abre igrejas no Iraque aos refugiados

Os bispos locais têm alertado para o risco de desaparecimento dos cristãos de Mossul, presentes nesta área desde os primeiros tempos da religião

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Os bispos locais têm alertado para o risco de desaparecimento dos cristãos de Mossul, presentes nesta área desde os primeiros tempos da religião

(Foto:Divulgação)

O prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, o cardeal Leonardo Sandri, manifestou nesta sexta-feira (13/6) a sua “profunda preocupação” com o avanço dos jihadistas no Iraque e anunciou que as estruturas da Igreja Católica no país estão abertas a todos os deslocados.

Em um comunicado, o cardeal argentino expressa o apoio do Papa Francisco ao povo iraquiano e sua “proximidade” com o patriarca caldeu Louis Sako e aos bispos caldeu e sirocatólico de Mossul (norte).

Mossul, a segunda maior cidade do país, foi tomada esta semana pelos jihadistas do Estado Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL). A este respeito, o cardeal Sandri assegurou que “neste momento trágico”, estes dois bispos estão “com a população, cristã e muçulmana, forçada a abandonar as suas casas e a cidade para sobreviver”.

O cardeal lamentou, “na terra de Abraão”, este “novo êxodo de centenas de milhares de homens, mulheres e crianças, que veem destruída a promessa de estabilidade e vida”.

Em uma conversa por telefone, o arcebispo caldeu de Mossul, Amel Shamon Nona, disse ao cardeal Sandri que “as igrejas, escolas e outras estruturas católicas estão abertas para os refugiados, no espírito de colaboração entre os seguidores de diferentes religiões”.

Os bispos locais têm alertado para o risco de desaparecimento dos cristãos de Mossul, presentes nesta área desde os primeiros tempos da religião.

O deslocamento dos cristãos ocorre em condições dramáticas, dada a guerra na vizinha Síria e pela presença maciça de refugiados sírios no Líbano e na Jordânia.

 

Fonte: Correio Braziliense

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