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Prefeitos iniciam ano cortando secretarias e reduzindo gastos no Ceará

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Com prognóstico de quedas nos repasses federais, prefeitos já iniciam gestões “apertando o cinto” nos cofres. Sem extinguir pastas, o prefeito Roberto Cláudio promete cortar R$ 300 milhões em até quatro anos.

Assumindo ontem os cargos, prefeitos empossados de 180 municípios do Ceará possuem mais em comum do que a euforia da vitória nas urnas: a certeza de um ano difícil e de “aperto” nas contas pela frente. Com prognóstico de queda de repasses federais, gestões de todo o Estado seguem tendência nacional e já começam 2017 com redução de secretarias e promessas de cortes.
“A situação dos municípios é a situação do País. Como temos previsões de crescimento de 0,5%, não é nada esperançoso. A situação será pior que a de 2016”, diz o economista Irineu Carvalho, consultor econômico da Associação dos Prefeitos do Ceará (Aprece). Acompanhando prefeituras desde 1991, ele diz nunca ter visto “situação tão complicada”.

No Crato, Zé Ailton Brasil (PP) tomou posse ontem com 13 secretários na equipe – sete a menos que o antecessor. Em Iguatu, Ednaldo Lavor (PDT) cortou de 21 para 14 pastas.
O consultor da Aprece explica: “Como a receita municipal é quase toda de tributos federais, uma economia fraca acaba esvaziando caixa. E como a despesa é basicamente pessoal, fica necessária uma máquina enxuta”, diz. “Quando o prefeito é reeleito, fica mais difícil porque tem os compromissos políticos. Mas esses que entram agora devem aproveitar”, recomenda.

Mesmo reeleito, o prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça (PR), promete rever gastos. “A folha de pagamento consome em torno de 52% do custeio. Então temos que tornar a gestão cada vez mais eficiente (…) o momento é de austeridade”, diz. A medida não atinge apenas municípios de grande porte: em Caririaçu, o prefeito Edmilson Leite cortou pela metade número de pastas.

Fonte: O Povo

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