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OAB repudia ataques terroristas. Biden critica atentado à democracia. Confira o que disseram os principais colunistas

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O ataque terrorista provocou indignação. A OAB classificou as invasões como inaceitáveis e disse que vai acompanhar as investigações. Na mesma linha, associações de juízes, promotores e delegados federais repudiaram as ações. Políticos de diversos partidos, incluindo aliados de Jair Bolsonaro, criticaram os ataques, chamados pelo vice-presidente Geraldo Alckmin de “barbárie”. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido do ex-presidente e de boa parte de seus apoiadores, disse que as invasões “não representam” a legenda ou Bolsonaro, embora continuasse a defender os atos em frente a quartéis. Já o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em um grupo de mensagens de senadores, não condenou os ataques, preferindo atacar o TSE e negar o envolvimento do pai nos atos terroristas. (Poder360)

O presidente dos EUA, Joe Biden, tuitou uma mensagem de apoio a Lula e ao Brasil, condenando o “atentado à democracia”. Na mesma linha seguiram praticamente todos os líderes da América Latina e nomes importantes da política mundial, como o presidente da França, Emmanuel Macron, e do governo espanhol, Pedro Sánchez. Assumidamente de direita, a premiê italiana Giorgia Meloni criticou os ataques em Brasília.

Bernardo Melo Franco: “O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, devem explicações pela facilidade com que extremistas de direita invadiram as sedes dos Três Poderes neste domingo. Nomeado para lidar com as crises que envolvem militares, Múcio apostou na tática da acomodação. Ibaneis entregou a Secretaria de Segurança Pública ao delegado bolsonarista Anderson Torres, homem de confiança do antigo regime.”

José Casado: “Ficou evidente o desmoronamento da tática de contemporização com o extremismo, com histórico de vandalismo no centro da capital e um flagrante de tentativa de atentado terrorista em Brasília, no último dia 12. Sem juízo político e criminal rápido e aberto dos autores, políticos e empresários simpatizantes, apoiadores e patrocinadores — incluindo parlamentares federais e estaduais —, a barbárie terá passe-livre.”

Maria Cristina Fernandes: “A invasão dos Três Poderes neste domingo não teve a conivência apenas do governador Ibaneis Rocha, mas também do Exército. A Força tem dois batalhões que se revezam no subsolo do Palácio do Planalto, o Regimento de Cavalaria de Guarda e o Batalhão da Guarda Presidencial. Se a PM falhou em não barrar os quase 170 ônibus que chegaram ao Distrito Federal, o Exército não poderia ter falhado em impedir que os invasores chegassem ao gabinete presidencial. Demonstra que faltou comando para movê-los no cumprimento de suas funções.”

Vinicius Torres Freire: “A obra, no seu conjunto, é de Jair Bolsonaro, seus generais da reserva e da ativa, parte das Forças Armadas, o procurador-geral, Augusto Aras, leniente com a escalada golpista incentivada pelo governo de trevas, e empresários que financiam comícios e aglomerações golpistas faz anos. Agora, é preciso dar um basta. É preciso investigar, processar e julgar todos os promotores da subversão, nas polícias, nos governos, na procuradora-geral e nas Forças Armadas. Sem anistia.”

Meio em vídeo. Ontem o Brasil sofreu a mais violenta tentativa de golpe de Estado desde 1964. Nunca teve chance de dar certo. Mas não vamos fingir que o aconteceu foi qualquer coisa que não isso. Uma violenta tentativa de golpe de Estado. Agora esse é só o início dum debate muito sério que precisamos ter. Confira a análise de Pedro Doria no Ponto de Partida.

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