Brasil
Nova vacina injetável contra a poliomielite começa a ser aplicada, substituindo as tradicionais gotinhas
A partir desta segunda-feira, 4, a vacina oral contra a poliomielite (VOP), que previne a paralisia infantil, será substituída pela vacina inativada contra a poliomielite (VIP), uma versão injetável do imunizante. Segundo o Ministério da Saúde, essa decisão foi tomada com base em critérios epidemiológicos, evidências científicas e recomendações internacionais.
O novo esquema de vacinação incluirá três doses da vacina VIP, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade, além de uma dose de reforço aos 15 meses. Anteriormente, as crianças recebiam duas doses de reforço, uma aos 15 meses e outra aos 4 anos. Em 2024, mais de 19 mil pessoas já foram vacinadas contra a doença.
Vanessa Soldatelli, coordenadora de Imunização da Secretaria da Saúde de Fortaleza, explica que a mudança da vacinação oral para a injetável vinha sendo planejada pelo Ministério da Saúde desde 2012. Ela afirma que a VOP foi uma excelente vacina para campanhas e reforços e atingiu seu propósito ao longo dos anos. “A partir de agora, usaremos apenas a vacina inativada”, completa.
Segundo Vanessa Soldatelli, a expectativa é que a campanha de vacinação tenha uma boa adesão do público, uma vez que a nova vacina é considerada mais segura. Ela lembra que a vacina oral contra a poliomielite tem sido usada no país desde a década de 1980.
“A mudança é que não usaremos mais a vacina oral em todo o Brasil. Recolhemos todas as vacinas no dia 16 de setembro. O país inteiro já recolheu suas vacinas. Não pode mais haver nenhuma dose de vacina oral disponível. Em vez de dois reforços, agora faremos apenas um reforço, com a vacina VIP, aos 15 meses”, explica Vanessa.
Com essa alteração, o Brasil espera melhorar ainda mais a segurança e eficácia do programa de vacinação contra a poliomielite, protegendo as crianças de forma mais eficiente.