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Internações por Covid-19 em UPAs caem 57,6% desde o pico, há 42 dias

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Em 16 de março, o Ceará atingiu o pico de internações por Covid-19 em Unidades de Pronto Atendimento (UPA) desde o início da pandemia no Estado, em março de 2020. Naquele dia, havia 633 pessoas internadas. Uma semana depois, outro pico: 628 pessoas em internação pela doença. Nesta segunda onda, esse número vinha crescendo desde meados de fevereiro e começou a cair na segunda quinzena de abril. Nos últimos dias, voltou a atingir taxas — ainda altas — próximas às de dois meses atrás.

As UPAs são porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS) em casos de urgência e emergência. E, na noite de ontem, 27, a plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), registrou 268 pacientes internados por Covid-19 nas unidades. Comparado àquela ocupação de 16 de março, houve uma queda de 57,6% em um período de 42 dias. Na véspera, 26, havia 13 pessoas a menos — eram 255 pacientes internados, e um número menor que esse havia sido registrado apenas em 23 de fevereiro, quando havia 209 pessoas.

Nos últimos dias de fevereiro a quantidade de pessoas internadas nas UPAs cresceu e, em 2 de março, atingiu a marca de 400 internações pela primeira vez. Entre 7 de março e 21 de abril, foram 45 dias acima dessa marca. Em apenas dois dias desse intervalo os números baixaram para 395 e 398.

Os índices começaram a cair na última quinta-feira, 22. Há cinco dias, a quantidade de pacientes internados nas UPAs voltou a ser menor do que 400, até chegar aos 255 registrados na segunda-feira, 26, e aos 268 de ontem. Apesar da queda, os números ainda são altos, principalmente quando comparados com o início deste ano.

Ao longo do mês de janeiro, a quantidade de pacientes internados em UPAs em todo o Estado variou entre 28, no dia com menos pessoas, a 69, no pico daquele mês. De 1º de fevereiro em diante, esse número não foi menor do que 70. Na segunda quinzena de fevereiro a ocupação quase triplicou: foi de 125 pacientes internados no dia 15 para 362 no dia 28.

Movimento semelhante a esse ocorreu na Capital, onde ontem havia 123 pessoas internadas em UPAs e, na véspera, 122. Foram os menores números desde os 118 pacientes internados no dia 21 de fevereiro.

Ontem, o IntegraSUS também mostrava redução na fila de espera por leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 no Ceará. Porém, mesmo com a diminuição, a demanda ainda é alta. Depois de ter registado mais de mil pessoas aguardando leitos, dados da regulação estadual atualizados às 19h10min informavam que havia 620 pessoas nessa situação. Mais da metade delas (357) esperava transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Há pacientes de 128 municípios na fila, e a Capital concentra 94 deles — 15% da demanda. É como se um a cada sete pacientes fosse de Fortaleza. Entre as demais cidades com pessoas na fila estão Caucaia (26), Maranguape (22), Maracanaú (20), Camocim (17), Horizonte (16) e Pacajus (15).

Enquanto isso, a taxa de ocupação das UTIs no Estado segue em nível muito crítico. É assim que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) classifica aqueles Estados com índice superior a 90%. Às 18h04min de ontem, a ocupação da UTI adulto no Ceará era de 94%. Ao incluir os leitos Gestante, Infantil e Neonatal, a taxa era de 92%.

No dia 8 de abril, o Ceará registrou pela primeira vez, desde o início da crise sanitária, mais de mil pacientes aguardando transferência. Mas os números já estavam alarmantes. Em 19 de março, 20 dias antes de a fila ultrapassar mil pessoas, 902 pacientes estavam nessa situação.

Depois de uma semana, no dia 26, eram 976 pacientes esperando transferência — sendo que 562 estavam na fila para um leito de UTI. Avançando outros cinco dias, em 31 de março, 961 pacientes esperavam vaga, dos quais 548 eram para UTI.

Fonte: O Povo

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