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Iguatuense testemunha tragédia de Brumadinho-MG

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Repercutiu essa semana história da iguatuense que viu de perto a tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais, que hoje tem registrado 150 mortos e 182 desaparecidos.  O rompimento da Barragem da Vale ocorreu no dia 25 de janeiro. A lama destruiu refeitório e prédio da mineradora, pousada, casas e vegetação, abalando diretamente a iguatuense que mora bem perto da barragem.

Natural de Iguatu, Maria Eusélia, 56, reside em uma fazenda próxima ao local do rompimento desde 1977, junto com o esposo – natural de Sobral – Tadeu Francisco, 60. Ambos casados há 42 anos, chegaram à cidade com a perspectiva de mudança em suas vidas. “Chegamos aqui como muitos, no intuito de vencer na vida atrás de um serviço melhor. Considero Brumadinho minha terra”, disse Tadeu.

Eles relataram ter perdido dezenas de amigos em meio à lama que destruiu parte da cidade. “Na sexta-feira para o sábado da tragédia, recebi dezenas de ligações do pessoal preocupado e outros em busca de informações. Meu celular não parava. Perdi mais de 50 amigos e conhecidos”, contou Tadeu.

Dor e saudade

Morando em uma parte mais alta do local onde se concentrou o rastro da tragédia, o casal saiu ileso do ocorrido. A dor maior é o da despedida a cada notícia de um conhecido encontrado. “Acabamos de chegar de um enterro. Devido a estarmos sensibilizados, vamos prestar condolências aos que ficaram e vivem essa dor”, disse Eusélia.

Maria Eusélia fala da saudade de sua terra Iguatu, onde ainda moram seus familiares. O sentimento aumenta ainda mais a cada ligação.  “Tenho seis irmãos que moram no Iguatu. Saudade tenho muita da cidade, a cada ligação que faço é motivo pra muito choro e lembrança”, afirmou Eusélia.

Números

134 corpos já foram identificados, 124 já foram liberados e entregues às famílias. A Polícia Civil já realizou a coleta de 522 amostras para realização de DNA. Nesta quinta-feira (6), uma equipe da PC estará disponível na Estação Conhecimento, em Brumadinho, para recolhimento de DNA de parentes de desaparecidos.  400 homens do Corpo De Bombeiros continuam trabalhando nas buscas e não há previsão para término.

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