Economia

Fortaleza ganha espaço ao descentralizar entradas e saídas do País

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Com mais de 90% das obras de ampliação e modernização concluídas e entrega prevista para abril de 2020, o Aeroporto de Fortaleza está nos planos do setor aéreo para descentralizar os centros de conexões de voos para o exterior. “O aeroporto de Fortaleza é um hub que vem se tornando cada vez mais importante para as saídas e entradas para a Europa”, disse o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, durante a abertura do 16° Fórum da Associação Latino-americana e do Caribe de Transporte Aéreo (Alta) ontem (27), em Brasília.

Mesmo com o fim da parceria da Gol com a Air France -KLM, responsáveis pela ligação da Capital cearense com Paris, na França, e Amsterdã, na Holanda, respectivamente, a expectativa é de que Fortaleza se consolide como um hub para a região. “Fortaleza é um grande exemplo no Brasil, na descentralização dos aeroportos, com essa mudança, de ter uma infraestrutura mais adequada”, disse Luis Felipe de Oliveira, diretor executivo e CEO da Alta.

“Esse é um excelente exemplo que vai gerar um benefício econômico e social para o Estado, para o Município e para o turismo. Então a gente vê com bons olhos essa mudança que ocorreu basicamente em Fortaleza e que eu acredito que irá acontecer em outras partes do Brasil”, detalhou Luis Felipe de Oliveira.

Metas para o Brasil

Para este ano, a Secretaria de Aviação Civil espera atingir a marca de 120 milhões de passageiros no País. Segundo Ronei Glanzmann, a meta é superar a marca de 200 milhões de passageiros até 2025.

Para isso, ele conta com a atração de empresas internacionais. “Conseguimos este ano, finalmente, depois de décadas de discussão, abrir o mercado brasileiro”, disse. “Talvez a gente já deva fechar o ano de 2019 acima de 120 milhões de passageiros, o que é um número bastante expressivo. E queremos chegar a 2025 com mais de 200 milhões, superando inclusive as nossas próprias projeções”, diz.

Hoje, a aviação civil no Brasil está presente em 130 cidades com voos regulares, e a meta da Secretaria é chegar ao ano de 2025 com 200 cidades atendidas.

Gargalos

Para o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), Eduardo Sanovicz, um dos maiores desafios para a aviação civil no Brasil é a tributação sobre o combustível de aviação, que pressiona as margens das companhias nacionais, tornando-as menos competitivas no mercado internacional. “A nossa mãe de todas as batalhas é o querosene de aviação, que no Brasil representa aproximadamente um terço do custo de operação das empresas, enquanto a média mundial gira em torno de 20% e 22%”, disse.

Para resolver esse gargalo, o setor pleiteia a redução de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o combustível, a exemplo do que acontece no Ceará. “O ICMS, imposto regional, sobre querosene de aviação é algo que só existe no Brasil. E a sua redução já ocorreu em 17 dos 27 estados brasileiros, em troca da ampliação do número de voos. Em São Paulo, ao trocarmos de 25% para 12% a contrapartida ofertada pelas empresas foi de 490 novas partidas semanais”, arremata.

Fonte: Diário do Nordeste

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