Ceará
Feriado marca os 130 anos da libertação dos escravos
[caption id="attachment_11036" align="alignleft" width="600"](Foto:Divulgação)[/caption]Especialistas lembram que a data deveria ser um momento para discutir o papel da população negra na sociedade após o dia 25 de março de 1884. Hoje também é comemorado o Dia do Maracatu
Especialistas lembram que a data deveria ser um momento para discutir o papel da população negra na sociedade após o dia 25 de março de 1884. Hoje também é comemorado o Dia do Maracatu
Pela terceira vez em sua história, o Ceará vê no calendário um feriado no dia 25 de março. Hoje, se completam 130 anos da libertação dos escravos no Estado, província pioneira do então Império do Brasil. O feito aconteceu em Redenção, a 55 km de Fortaleza, quatro anos antes da promulgação da Lei Áurea, que ocorreu em 13 de maio. O feriado foi proposto pelo deputado Lula Morais (PCdoB) na Emenda Constitucional nº 73 e aprovado em 2011 pela Assembleia Legislativa do Ceará.
A data, segundo a mestre e doutoranda em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (UFC), Silvia Maria, deveria ser um momento para discutir o papel da população negra na sociedade após o dia 25 de março de 1884. Mais que um feriado, mais que um dia útil sem trabalho.
“O feriado foi um avanço, mas a preocupação das pessoas ainda se restringe ao horário dos shoppings”, critica. “As escolas, seja de nível fundamental, médio ou superior, têm que fazer uma discussão ampla da data”, propõe Silvia, que é pesquisadora da juventude e do movimento negro.
Para o professor de Sociologia e História e militante do grupo Consciência Negra em Movimento, Hilário Ferreira, o fato histórico tem que ser discutido para além da ideia de libertação. “Há elementos que merecem ser aprofundados, como: os escravos das províncias vizinhas vinham para cá acreditando chegar na Terra da Luz e eram levados de volta pelos chefes de polícia para seus ‘donos’”, cita.
Em Redenção, ele afirma, as memórias que se têm dos objetos da época são de tortura, e não de liberdade. “Não pode, reproduzindo um discurso ufanista, não discutir assuntos que estão presentes na atualidade, como o racismo no mercado de trabalho, ou o fato de que, segundo o Mapa da Violência de 2012, o número de jovens negros assassinados em Fortaleza subiu para 43%”, avalia. Ele lembra: há mais que um feriado por trás da Data Magna.
Fonte: O Povo
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