Iguatu

Ex-alunos e professores comemoram 10 anos da primeira Escola Estadual de Educação Profissional em Iguatu

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Os 10 anos de criação das Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs) estão sendo comemorados, neste ano de 2018. As escolas profissionais configuram-se como um marco para o Ceará e referência na educação nacional, desenhando a possibilidade de um futuro mais justo e com mais oportunidades para os jovens cearenses.

Na cidade de Iguatu a escola Amélia Figueiredo de Lavor foi a primeira a se transformar em unidade profissionalizante no ano de 2008. Para celebrar a data mais de 100 ex-alunos do colégio na época se encontraram na noite do último sábado (11) para celebrar as conquistas pessoais de lá até aqui.

Ioeneide Bandeira diretora da escola naquele ano teve que lidar com a mudança, pois antes, não havia escolas com essa modalidade de ensino. “Percebemos que pelos resultados foram um sucesso. Os alunos pertencem a uma realidade totalmente distinta de quando eles entraram. Foi difícil era uma proposta inovadora que não fazia parte da rotina deles e nem nossa.Uma tecnologia de gestão diferente, mas com uma perspectiva de formação cidadã favorável. Superamos os problemas deinfraestruturacom resultados logo no primeiro semestreonde nossa evasão escola era 14 % e regredimos para 8%”, lembrou.

O programa começou com 25 escolas no estado. No ano seguinte, foram mais 26 unidades. Atualmente, são 118 EEEPs em todo o Estado e reúnem 50 mil alunos matriculados em 53 cursos, em 94 municípios. Na Capital, são 21 escolas profissionais.

O Amélia Figueiredo de Lavor foi a primeira instituição a ser unidade profissionalizante em Iguatu

Conforme a ex-diretora é possível identificar que mais de 90% dos alunos que finalizam os estudos nas EEEPs estejam inseridos no mercado de trabalho ou em uma universidade. De 2010, ano de formação das primeiras turmas da educação profissional, até 2017, foram 76.320 alunos formados em todo estado. “A maioria ingressou nos bancos universitários, ou se transformaram em profissionais liberais e empreendedores quesito esse aprendido na escola”, disse Ioeneide.

O currículo desenvolvido nessas escolas é composto por disciplinas da base nacional comum (currículo do Ensino Médio), da formação profissional, além de uma parte diversificada, que abrange componentes curriculares como: Empreendedorismo, Projeto de Vida, Mundo do Trabalho, Formação para a Cidadania, Projetos Interdisciplinares, Horários de Estudo e Língua Estrangeira Aplicada. A carga horária total trabalhada ao longo dos três anos do ensino médio integrado à educação profissional é de 5.400h.

O novo formato aproximou o corpo docente do discente quebrando barreiras impostas pelo antigo formato. É que afirma o professor Rivanio de Souza professor de história que até hoje compõe o quadro da instituição. “A educação integral não era só intelectual, mas de formação de pessoa e do individuo. A vivencia aqui apreendida fez com que o aluno percebesse que pra vencer na vida era preciso ter disciplina.Muitos alunos nos tem como pai,criamos um vinculo de comunidade”, pontuou.

Leonardo Antunes era um dos alunos que dividia o Ensino Médio integrado à Educação Profissional, de Enfermagem, Comércio e Informática da época. Informática foi o curso escolhido por ele área que atua até hoje. O reencontro com seus amigos foi marcado por sentimento de nostalgia. “Pra mim foi como se fosse ontem, olhar os corredores, as salas é me ver junto com os amigos estudando e brincando pela quadras. Hoje a maioria constituiu família, desempenham suas funções graças ao Amélia”, disse.

Com o passar dos anos o curso profissionalizante de comércio foi substituto por  Administração. O funcionamento diário em tempo integral, das 7h às 17h. Dessa forma, os alunos aprendem uma profissão ao mesmo tempo em que fazem os três últimos anos da educação básica.

Durante o terceiro ano, o Governo do Estado propicia o acesso ao estágio curricular obrigatório e remunerado. Para isso, os alunos recebem uma bolsa. Ao todo, 4,5 mil empresas são parceiras nos programas de promoção de estágio profissional com a previsão de atendimento de 15 mil estudantes. “O profissional que sou hoje devo a instituição de ensino”, afirmou Leonardo

Números

No Amélia 807 alunos se formaram de 2010 (primeira turma) até 2017. Nos últimos 3 anos, mais de 80% dos alunos que concluíram o 3° ano, conquistaram uma (ou mais) aprovação (ões) no ensino superior, ao longo do 3° ano. A procura dos alunos do ensino fundamental interessados em estudar na escola vem crescendo ano pós ano; 2014 – 140 inscritos, 2015 cerca de 280, em 2016 um total de 313, no ano de 2017 o número de 343 alunos já em 2018 o quantitativo saltou para 517. Oprofessor João Paulo afirma que o critério observado é a média aritmética das notas do candidato no histórico do ensino fundamental para ocupar as 120 que a instituição oferece. “Esses dados revelam a confiança no trabalho desenvolvido a partir dos resultados apresentados pela Escola”, disse.

 

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