Iguatu

Escola Modelo doa 150 mil litros de Água potável para comunidade rural

[caption id="attachment_5463" align="alignleft" width="500"]Foto: J.GuedesUma das cisternas da comunidade com capacidade para 16 mil litros é abastecida[/caption]Na manhã e tarde desta quarta, 14/08, estudantes da Escola Modelo de Iguatu, do 1º e 2º Ano do Ensino Médio visitaram a comunidade de Aceno, distrito de Alencar, na zona rural de Iguatu, para fazerem a doação simbólica de 150 mil litros de água potável para atender as famílias que enfrentam sérios problemas com a falta do precioso líquido.

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Uma das cisternas da comunidade com capacidade para 16 mil litros é abastecida

Na manhã e tarde desta quarta, 14/08, estudantes da Escola Modelo de Iguatu, do 1º e 2º Ano do Ensino Médio visitaram a comunidade de Aceno, distrito de Alencar, na zona rural de Iguatu, para fazerem a doação simbólica de 150 mil litros de água potável para atender as famílias que enfrentam sérios problemas com a falta do precioso líquido.

 

Os alunos conseguiram a água numa campanha solidária durante a Semana da Ecologia, no mês de Junho, quando arrecadaram cerca de R$ 1.800,00 em dinheiro. Na mobilização eles também conseguiram 180 cestas de alimentos com (arroz, feijão, açúcar, macarrão, biscoito, café, óleo, farinha de milho) e outros produtos, que foram doados para famílias carentes, indicadas pela Pastoral da Família da paróquia do Prado.

Professora Lilia Pontes entrega a Erinaldo e Maria Rosa os tickets para os novos abastecimentos

A Escola organizou duas expedições para a comunidade, uma pela manhã, com alunos do 1º, e outra à tarde com mais duas turmas de 1º e 2º. Em cada viagem foi levado um carro-pipa com 15 mil litros de água para entrega simbólica. Na viagem da tarde, além da professora Lilia, os professores, Elder Costa e Josiane também participaram. Pela manhã, Lilia Pontes, coordenadora do Ensino Médio entregou 8 tickets ao presidente da associação de moradores, Erinaldo Cândido de Carvalho. Cada ticket correspondente a um carregamento de 15 mil litros. Ao todo a comunidade vai receber 10 carregamentos. Por cada carregamento entregue a comunidade repassa um ticket ao motorista do caminhão, para efeito de prestação de contas com a Escola Modelo que está fazendo a doação.  A senhora Maria Rosa Carlos Ferreira, presidente da Associação Comunitária de Carnaúba, que fica na mesma região também estava presente.

O critério de escolha da comunidade para receber a água foi feito através de consulta à COGERH-Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos, escritório de Iguatu, que indicou a comunidade de Aceno, que atingiu nível crítico em relação à falta d’água potável para consumo das famílias e dos animais.

O estudante Yago Carvalho, do 1º Ano do Ensino Médio, que acompanhou a viagem da manhã, contou como os estudantes se mobilizaram para arrecadar os alimentos e o dinheiro para adquirir a água. Segundo ele parte dos recursos foi doado pelos próprios alunos. Yago, que viu de perto o sofrimento das famílias de Aceno afirmou que as imagens são tocantes e ajudam a refletir a vida de “quem tem tudo e quem não tem nada”. Ele argumentou que isto serve também para que “a gente valorize mais aquilo que temos, pois só é possível perceber e valorizar quando nos deparamos com situações como aquelas, onde as pessoas vivem em condições de vida muito precárias”. Na visão do estudante, o aprendizado sobre cidadania, os valores sociais e conquistas de vida, vão além da carreira acadêmica.

Os alunos, professores e pessoas da comunidade posaram para a foto logo na chegada

O presidente da Associação Comunitária de Aceno, Erinaldo Cândido informou que na comunidade residem cerca de 32 famílias, mas apenas em 17 casas existem cisternas, sendo que 15 residências não têm reservatórios para armazenar água, e as famílias abastecem as casas transportando água de longas distâncias em lombo de jumento. Segundo ele algumas cisternas estão rachando porque a água é pouca e quando acaba demora muito para chegar, o que termina prejudicando a estrutura do reservatório. Ele disse que a Defesa Civil atende a comunidade com água, mas de forma muito lenta “Tá feio o negócio aqui com a falta de água, a situação tá muito difícil, só quem vive aqui sabe”, disse. Segundo ele, o maior agravante é com os idosos que não podem ir buscar água para o consumo. “Aqui é difícil pra tudo, mas no momento nossa maior necessidade é pela água”. O presidente declarou que os alunos que chegaram à comunidade para doar a água foram enviados por Deus. “Não tenho palavras para agradecer”, encerrou.

 

 

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