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Entre olhares: República da truculência

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Historicamente o Brasil é um país jovem, contando apenas quinhentos e poucos anos de existência. Mas desde a sua “descoberta” (há controvérsias), a violência faz parte do seu dia a dia. Para se instalar por estas paragens, os europeus realizaram uma carnificina escabrosa, dizimando inúmeras etnias indígenas que aqui já se encontravam.

Ávidos em saciar sua ganância e exaurir nossas relíquias e riquezas naturais, não tiveram dó e nem piedade em escravizar nativos e negros importados da África para trabalhar até à morte, sem o mínimo respeito à dignidade humana, sob as bênçãos de uma Igreja já viciada ao conluio junto ao Poder para se beneficiar de regalias desmedidas e sem merecimento.
Surge então a suposta e chamada Democracia Representativa, onde elites dominantes usurpam o verdadeiro Poder do Povo, fazendo do Estado brasileiro um verdadeiro comitê executivo de suas vontades. Vidas não foram poupadas por Coronéis, Oligarquias e outras formas escusas de organização para legalizar a ilegitimidade dessas representações.

Chegamos à Sociedade do Conhecimento, das grandes invenções tecnológicas e da informação. Nossa Classe Social Dominante nos faz acreditar (ilusoriamente) que vivemos uma democracia plena, onde “todos são iguais perante a lei”. Ledo engano. Mais uma vez, os burocratas de colarinhos brancos mandam e desmandam, realizam todo tipo de atrocidades e falcatruas com os bens comuns de nossa sociedade.

As táticas truculentas de “desaparecimento” daqueles que ousam contrariar ou colocar em risco o “status Quo” dos donos do poder são utilizadas sem qualquer pudor. Mortes violentas, tocaias, emboscadas, fuzilamentos, jagunçadas, pistolagem, infecções hospitalares (mais sutil e inteligente, a meu ver), acidentes automobilísticos e aéreos acontecem inexplicavelmente.

Trata-se de uma estratégia de milícia terrorista disseminando o medo e sub-repticiamente deixando um recado: “Cuidado, o próximo pode ser você”. Por incrível que pareça, a Máfia Siciliana usou dessas estratégias para aterrorizar e imobilizar o Estado italiano, quando este ousou desbaratá-la. Ao que parece, a MÁFIA BRASILIANA não vai se intimidar para fazer uso e fazer valer a sua força e o seu poder dentro do Estado brasileiro.
*Por: Lucio José de Oliveira Oliveira

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