Policial
Empresário diz que matou casal por ‘impulso’ após vítima enviar imagem dele em uma festa

O empresário Ricardo de Oliveira Sousa Lobo, de 27 anos, confessou, nesta quinta-feira (21), que matou a tiros Camila Edna Silveira, de 28, e o noivo dela, Mário Silva de Moura, de 26, em Goiânia. O homem, que é casado com uma prima de Camila, disse que cometeu o crime por “impulso”, depois que a vítima enviou para a mulher dele uma imagem em que ele aparece em uma festa com outras mulheres.
O homem afirmou que Camila se “se intrometia” com frequência no relacionamento dele. Isto o deixava irritado. “Quando cheguei em casa, olhei no celular da Gleicy [mulher dele] e chegou bem na hora a mensagem com o ‘print’. A Camila falou que no dia que ela quisesse sair com eles para festa, era só avisar que buscava”, disse.
Ricardo se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, em Goiânia. Durante a apresentação dele na Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), ele afirmou que, após ver a mensagem, foi com a mulher, Gleicy Pita, e o filho, de 1 ano e 9 meses, para a casa das vítimas, que fica próxima à deles.
“Chamei a Camila no portão e, assim que o portão abriu, eu estava com o celular da Gleicy na mão e mostrei pra ela. Perguntei o porquê daquilo e, quando ela viu o que aconteceu, assustou, pulou em mim, e foi na hora que, sem querer, atirei nela. O Mário veio correndo e no impulso do nervosismo, achei que ia dar uma facada em mim e atirei naquele impulso”, contou.
O crime aconteceu após as 23h de domingo (17), na casa onde o casal morava, no Residencial Primavera, em Goiânia. Os dois estavam juntos há 10 anos e, segundo parentes, planejavam se casar. Câmeras de segurança registraram o momento em que o homem chega ao local do crime.
Responsável pelo caso, o delegado Thiago Martimiano chegou à autoria do crime após o relato de testemunhas de que o autor chamou pelo nome das vítimas e ver nas imagens das câmeras de segurança que o veículo era um Volkswagen Polo branco.
“Seria alguém conhecido por ter chamado o nome do Mário no portão. Diante disso, a gente buscou quem da família ou próximo tinha um Polo branco. Descobrimos que uma prima tinha e que ela era casada com um rapaz que tinha problema com a Camila e o Mário. Tivemos informação que estavam incomunicáveis, ela não foi ao velório, e fomos ligando os pontos”, detalhou o delegado.
Ricardo disse que tem o costume de andar armado e não pegou a arma premeditando o crime. Ele afirma que está arrependido.
“Mexo com comércio, já fui assaltando várias vezes. Então, quando ia fazer depósito, uma hora ou outra a gente sempre andava com arma. E, por incrível que pareça, estava no carro. Estou muito arrependido. Estraguei a minha vida, a vida da minha família. Vou perder o contato com meu filho por um bom tempo, que é tudo o que eu mais prezo. Trabalho no meu comércio, sou honesto e manchei meu nome num ato de impulso”, concluiu.
Apesar da alegação do suspeito, o delegado crê que ele agiu de forma premeditada. Ricardo será indiciado por duplo homicídio duplamente qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima e por motivo fútil.
Martimiano informou que ouvirá formalmente Gleicy nesta tarde. A princípio, ela não será responsabilizada pelo crime. “Me parece que ela não sabia que ele ia cometer o crime, mas a gente vai apurar. Caso haja indício de participação, pode responder como partícipe ou coautora”, disse o delegado.
Comoção
Parentes e amigos se reuniram para velar o casal por volta de 19h30 de segunda-feira (18), na Igreja Católica da Sexta Etapa, no Conjunto Vera Cruz 2, em Goiânia. Colegas de trabalho deles enviaram coroas de flores para homenageá-los. O enterro aconteceu por volta das 13h20 de terça-feira (19), no Cemitério Santana, também na capital.
De acordo com a vendedora Mayara Keila da Silveira, prima de Camila, a família achou estranho a prima e o marido não irem ao velório do casal. Ela contou que, depois da prisão do suspeito, a esposa dele confessou à família que o companheiro era o autor do homicídio.
Segundo os familiares, Camila é natural de Estreito (MA). Já Mário nasceu em Palmeiras do Tocantins (TO). Conforme amigos das vítimas, Camila era contadora e Mário trabalhava em uma rede de farmácias. O estudante Marcos Vinícius Pereira dos Reis, de 17 anos, contou que era muito próximo deles e fica sem entender o que aconteceu.
“Saíamos muito, íamos muito para igreja, eram muito gente boa, não tem o que falar deles. Viviam no trabalho, não tinham inimizade com ninguém. Todo mundo era amigo deles. Fiquei chocado quando soube”, contou.
Fonte: G1
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