Futebol
Em 11 minutos eletrizantes, Ceará vira sobre a chape no vazio castelão
[caption id="attachment_4967" align="alignleft" width="600"]Anderson comemora o terceiro gol do Ceará no Castelão (Foto: Lc Moreira / Futura Press)[/caption]Vovô começa perdendo, mas vence com gols de Léo Gamalho, Magno Alves e Anderson Marques. Catarinenses têm 1ª derrota e perdem liderança
Com um triunfo construído em apenas 11 minutos, o Ceará decretou nesta terça-feira o fim da invencibilidade da Chapecoense na Série B do Campeonato Brasileiro. O Vovô venceu de virada por 3 a 1, em uma Arena Castelão com poucos torcedores – 6.542 pagantes – pela 11ª rodada da Segundona, e respira mais aliviado na 14ª colocação, com 13 pontos. Já a equipe catarinense segue com 23 pontos, e com um jogo a menos – com data a definir, contra o América-MG – volta a perder a liderança para o Palmeiras, que ao vencer o Icasa por 4 a 0, passou a somar 25.
No primeiro tempo, o Ceará foi avassalador. Mesmo assim, a Chapecoense ficou à frente no placar logo no primeiro minuto, com Fabinho Alves. Mas aos cinco, aos 12 e aos 16, a equipe de Sérgio Guedes mudou o rumo da partida, marcando três vezes, com o estreante Léo Gamalho, Magno Alves e Anderson Marques. Na etapa complementar, o Vovô se concentrou na defesa, e as duas equipes pouco fizeram para mudar o placar no Castelão.
Na 12ª rodada, o Ceará vai a Minas Gerais para enfrentar o América-MG, no Estádio Independência, na sexta-feira, às 21h50m (de Brasília). Já a Chapecoense duela contra o Sport, na Ilha do Retiro, no sábado, às 16h20m, pela mesma rodada.
Furacão alvinegro
Antes de a bola rolar, o artilheiro da Série B, Bruno Rangel, dava a receita para a sua Chapecoense tentar sair do Castelão com a vitória: tranquilidade. E foi de forma calma que os catarinenses chegaram ao primeiro gol em menos de dois minutos de jogo. Os visitantes subiram para o ataque e, após cobrança de escanteio, Fabinho Alves recebeu a bola e mandou um cruzado no fundo das redes. O gol sofrido preocupou os pouquíssimos torcedores presentes no estádio, que viram o Vovô perder nos dois últimos jogos.
Em vez da apatia, o Ceará optou pela luta. Coube a Léo Gamalho, aquele mesmo que já decretou a tristeza de tantos alvinegros no próprio Castelão, começar a mudar o rumo da história. A jogada do empate começou com lançamento de Magno Alves para Marcos, que cruzou na medida para o estreante da noite marcar, aos cinco minutos. A comemoração teve direito a escorregão e pé furando a placa de publicidade, mas nada que tirasse o brilho do primeiro gol pelo novo clube.
A reação tão rápida do Vovô empolgou o público, que passou a vaiar a Chapecoense. Sete minutos depois, veio a virada da equipe cearense. Magno Alves recebeu ainda no meio campo e arriscou uma bomba da entrada da área, sem chances para o goleiro Nivaldo. A pressão do Vovô não deu trégua, e o terceiro chegaria em breve. Aos 16, Rogerinho cobrou falta na barreira, e a bola foi para Marcos que, em novo cruzamento certeiro, deixou Anderson Marques livre para colocar no canto direito de Nivaldo: 3 a 1.
A essa altura, o técnico Gilmar Dal Pozzo já pedia calma aos jogadores da Chape. A equipe visitante tentava avançar, mas encontrava os alvinegros fechados na defesa. O Vovô investia em jogadas de contra-ataque. Aos 30, o zagueiro Anderson quase marcou novamente. Até o fim do primeiro tempo, a equipe de Sérgio Guedes seguiu sufocando. A Chapecoense, por outro lado, não deu trabalho a Fernando Henrique. Aos 41, o inspirado Marcos tentou colocar Magno Alves na cara do gol, mas atacante não chegou a tempo de finalizar.
Sem tanta emoção
Com Paulinho Dias, a Chapecoense voltou do intervalo assustando. O jogador mandou uma bomba aos dois minutos da entrada da área por cima do travessão de Fernando Henrique. À beira do gramado, Gilmar Dal Pozzo reclamava. Com os visitantes mais ligados no jogo, Sérgio Guedes, então, promoveu duas mudanças: tirou Magno Alves e Rogerinho para entrada de Adriano Pardal e Luiz Henrique.
O objetivo era investir na velocidade do contra-ataque. Aos 17, os catarinenses voltaram a ameaçar com o volante Augusto, mas FH defendeu. O técnico da Chapecoense também promoveu alterações. As feições da partida, entretanto, continuaram as mesmas. O Ceará todo concentrado na zaga, enquanto a Chapecoense não conseguia furar a defesa adversária.
Nos minutos finais, Glaydson até tentou Bruno Rangel, mas a defesa do Vovô afastou o perigo. Na sequência, o Alvinegro tentou duas vezes com Adriano Pardal, que pegou muito mal na bola e depois chutou em cima do goleiro, sendo cobrado pela torcida. Mas nesta noite, a tranquilidade estava ao lado do time de Porangabuçu, que voltou a sentir o gosto da vitória na Segundona.
Fonte: Globo Esporte
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