Brasil
Do feijão à picanha: os 10 produtos que mais subiram de preço em um ano
Com cada vez menos poder de compra, o brasileiro tem que ‘se virar nos 30’ para conseguir manter o orçamento mensal. Para muitos, a ida ao supermercado tem sido quase um pesadelo. O aumento no valor de alimentos e de outras despesas essenciais tem pesado no bolso do consumidor que vem sentindo o impacto da alta da inflação desde 2020.
Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nessa quinta-feira (9) pelo IBGE mostram que o óleo de soja foi o maior afetado, tendo alta de 74,78% acumulada nos últimos 12 meses. A gasolina, outro vilão da inflação, também figura entre os 10 produtos com maiores elevações na capital cearense.
RANKING: OS PRODUTOS LÍDERES DA INFLAÇÃO
Óleo de soja: 74,78%
Feijão fradinho: 47,43%
Açúcar cristal: 36,76%
Revestimento de piso e parede: 36,47%
Fubá de milho: 36,01%
Arroz: 35,36%
Gasolina: 34,79%
Carne de carneiro: 34,23%
Picanha: 32,94%
Óleo diesel: 32,51%
Conforme a Pesquisa Nacional da Cesta Básica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a lata de 900 ml do óleo de soja passou de R$ 5,24 em agosto de 2020 para R$ 8,50 no mesmo período deste ano na capital.
Além disso, 4,5 kg de feijão, quantidade estimada para o mês de uma família com quatro pessoas, custam R$ 34,88, já o valor de 3 kg de açúcar é de R$ 11,13. O arroz é outro item da cesta básica que teve aumento expressivo, de R$ 15,34 em agosto do ano passado para R$ 20,23 em igual período de 2021.
“O que a gente está sofrendo hoje ainda é uma repercussão da pandemia. As medidas de distanciamento social afetaram as cadeias produtivas, diminuindo a oferta de produtos. Em contrapartida, vários países aumentaram o potencial de consumo para ter estoque, o que afetou a questão dos alimentos”, pontua o economista Alex Araújo.
Apesar disso, Fortaleza teve bom desempenho em relação às outras unidades da federação, já que teve a menor variação de inflação em agosto com 0,43%, bem abaixo do índice registrado no Brasil (0,87%). Brasília, por sua vez, registrou a maior diferença, de 1,4%.
Considerando a variação acumulada dos últimos 12 meses, entretanto, Fortaleza figura na 5ª posição com resultado de 11,2%, superada por Curitiba (12,08%), Rio Branco (11,97%), Campo Grande (11,26%) e São Luís (11,25%). A taxa nacional é de 9,68%.
Fonte: Diário do Nordeste
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