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Dia da Consciência Negra; o que comemorar?

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O mês de novembro é um momento importante para o povo negro, que tem sua identidade racializada de forma subalterna. É um momento de culminância do trabalho sistemático e cotidiano de afirmar sua humanidade e tornar pública a reivindicação por reconhecimento, paridade de participação, acesso a direitos e justiça racial.

Em uma sociedade em que o racismo ainda perdura, é necessário desconstruir imaginários que reproduzem o colonialismo e a linguagem da escravidão, que ainda predominam nas relações sociais. Isso impõe a (re)construção de formas econômicas, políticas e culturais combinadas aos processos de inclusão com equidade e respeito à diversidade étnica.

Embora o Brasil seja um país pluriétnico, os benefícios materiais e simbólicos são distribuídos de forma desigual entre os grupos raciais, o que os coloca em constantes riscos, pois edifica cenários de pobreza, desigualdades no acesso a direitos e a políticas públicas. Segundo o Ceert (2022), a taxa de desocupação para os negros é de 64%, enquanto para os brancos é de 35,4%. As mulheres negras representam a maioria (60,9%) no trabalho doméstico historicamente precarizado. Quanto aos rendimentos, a renda média para homem branco é de R$3.806,00, mulher branca R$2.869,00, homem negro R$2.230,00 e mulher negra R$1.781,00.

Durante o mês de novembro, há eventos de reconhecimento e afirmação da negritude. A celebração visa denunciar as vulnerabilidades e violências, ao tempo que expressa a riqueza, o potencial criativo e inventivo presente nos modos de ser, fazer e viver dos negros/as, que se contrapõem ao racismo, tornando possível a criação de novos imaginários na luta antirracista.

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