Depois de morte por atropelamento de um rapaz, comunidade do Tanque e Córrego queimam pneus e interditam CE

Fechar a CE-020 colocando pneus e ateando fogo, foi a maneira que os moradores das comunidades de Tanque, Córrego e Queimadas encontraram para chamar a atenção das autoridades. Eles pedem sinalização urgentemente na CE 060, que liga Iguatu a Jucás, principalmente na altura da Ong Vira Lata de Raça e a Faculdade de Medicina, onde na tarde do último sábado,30/07, morreu mais um jovem vítima de atropelamento.

A População dessas comunidades diz que já não aguenta mais perder tantos amigos e parentes por negligência das autoridades, que até o momento não atenderam a reinvindicação de sinalização no trecho citado. Logo após a saída do corpo de Cleiton Chaves,32 anos, para o sepultamento, os moradores planejavam quebrar a pista, parando o trânsito, e repercutindo os constantes acidentes acontecidos alí, mas a Polícia Militar se antecipou e não permitiu que os mesmos concretizassem a ideia. Só que, enquanto a polícia conversava com alguns moradores tentando convencê-los de que eles não poderiam interditar a pista, um outro grupo já em frente a Faculdade de Medicina, já tinham ateado fogo em pneus fechado a pista, não permitindo que nenhum transporte passasse.

Moradores começando a se reunir para manifestação

A polícia se deslocou imediatamente para o local e colocou viaturas para garantir a segurança na área. Uma pessoa foi detida durante a manifestação, mas quando a multidão foi se dispersando ele foi liberado. A grande maioria das pessoas desses locais são parentes: irmãos, primos. Com a morte desse primo, que era muito conhecido e querido, a revolta foi geral. Eles se sentem abandonados, dizendo que os políticos só aparecem por lá de quatro em quatro anos e depois somem.

No fim de tudo, ficou resolvido que um grupo será formado e visitará a Câmara Municipal de Iguatu e também o Detran, afim de oficializar uma solicitação de redutores de velocidade, que com a reforma da CE, há 03 anos, eles foram retirados e não mais foram recolocados, foi quando o número de acidentes começou a aumentar.