Mundo
Democratas agora precisam lidar com uma mudança sem precedentes, a cerca de 100 dias da votação

Com a desistência do presidente dos EUA, Joe Biden, da candidatura à reeleição neste domingo (21) e o anúncio do apoio à vice-presidente, Kamala Harris, os democratas agora precisam lidar com uma mudança sem precedentes tão tarde em um ano eleitoral, a cerca de 100 dias da votação, que ocorrerá em 5 de novembro.
O partido realizará a Convenção Nacional Democrata em Chicago em pouco menos de um mês, entre 19 e 22 de agosto. O que deveria ser uma coroação para Biden agora se torna uma disputa aberta na qual quase 4.700 delegados serão responsáveis por escolher um novo representante para desafiar o republicano Donald Trump.
O caminho à frente não é fácil nem óbvio, mesmo com Biden endossando Kamala Harris. Existem questões sem resposta sobre logística, financiamento e repercussão política.
Biden foi candidato único nas prévias do partido no primeiro semestre e venceu em todos os estados, perdendo apenas no território de Samoa Americana. Pelo menos 3.896 delegados foram comprometidos a apoiá-lo. As regras atuais do partido não permitem que Biden passe esses delegados para outro candidato. Politicamente, no entanto, seu apoio declarado a Kamala provavelmente terá alguma influência.