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Dance Mais: O Bom Baile ou A Estreia

[caption id="attachment_13862" align="alignleft" width="960"]Foto: Divulgação[/caption]Praticar o que se aprende em aula é fundamental para quem quer dançar bem. Os bailes são uma riquíssima fonte de treino.

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Foto: Divulgação

Praticar o que se aprende em aula é fundamental para quem quer dançar bem. Os bailes são uma riquíssima fonte de treino.

Apresenta uma grande variedade de parceiros (as), corpos diferentes, conduções diferentes, sensibilidade de damas diferentes, e a possibilidade de desenvolver melhor a habilidade de realizar  passos.

Nos bailes há também uma variedade de níveis, desde o iniciante até o avançado, onde você poderá enriquecer seu repertório de movimentos. Os bailes funcionam como um grande laboratório de pesquisa e estudo para o seu desenvolvimento.

Quem frequenta bailes, evolui com mais rapidez do que quem só frequenta aulas, pois tudo passa a fluir com mais naturalidade e o praticante começa a usufruir do grande prazer de dançar. 

Mas a Dança apenas pelo movimento é alienação. O ato de dançar deve ser interpretado como uma ascensão espiritual do ser. É dançar não só pelos passos, mas principalmente por suas infinitas razões existenciais. Quando se baila um Bolero, por exemplo, deve-se fazê-lo pela dor do poeta apaixonado, pela desilusão do traído, ou pela felicidade dos amantes. Com o Tango é semelhante… Ao bailá-lo, deve-se vivenciar a sensibilidade de seus brilhantes músicos e compositores. Deve estar presente na alma o drama de suas canções, que inclui a angústia, a boemia melancólica, a história de preconceitos, aceitação e difusão no mundo, além da sensualidade, paixão e alegria. A Salsa se baila por sua alegria contagiante, por sua sensualidade, mas também por seus apelos sociais. No Samba deve-se expressar o malandro existente em nós, que também ama, o gingado e o sorriso de uma nação alegre, apesar das adversidades sociais, o charme da mulata, enfim, a representação de um país mundo afora, afinal “quem não gosta de Samba, bom sujeito não é”. O Zouk é pura sedução, mas também é sensibilidade, romantismo e expressão. O Forró se dança pelo “abraço gostoso, pelo olhar carinhoso”, pelo namoro apertado, pela batida do zabumba que marca também o compasso dos corações em festa, pela fé de uma rica região cultural, dançante e latente nos quatro cantos do sertão. A Bachata é dançada com alegria, descontração, é a brincadeira de dançar. O Fox-trot, WCS, Soltinho, e toda família de ritmos americanos dançam-se também por sua irreverência, por sua diversidade musical, pelo prazer de sua batida contagiante.

Portanto, dançar não é apenas se movimentar ou se deslocar pelo salão através de passos predefinidos. Dançar é um estado de elevação espiritual que começa em casa, no ritual de preparação para o baile. Ali surge a plenitude desse ritual e se vivenciam todos os sentimentos e atributos inerentes à Dança de Salão.

Entretanto, para que se vivencie toda essa plenitude ritualista é preciso amadurecimento, e este advém da educação pela Dança de Salão que transforma o corpo, o espírito, o emotivo e o social. No ambiente de aula, os alunos têm a oportunidade de rever seu comportamento em sociedade. Em toda metodologia de ensino de Dança de Salão deveria haver – de forma implícita – a proposta da transformação pessoal do ser humano para o melhor convívio sócio-afetivo.

Não perca a oportunidade de melhorar sua dança. E a maneira mais coerente de ingressar no maravilhoso mundo da Dança de Salão é através de um trabalho qualificado e reconhecido. Portanto, participe do Projeto Quinta à Dois – e sinta o efeito da Dança de Salão em sua vida.

 

*Diassis Silva é dançarino e coreógrafo 

 

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