Iguatu

Comitê Gestor delibera operação do Trussu para quadra invernosa

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Em reunião na manhã da terça-feira, 07, no auditório da Escola de Música Humberto Teixeira, técnicos da Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (COGERH), escritório de Iguatu, estiveram reunidos com pequenos produtores rurais e membros do Comitê Gestor do Açude Carlos Roberto Costa “Trussu”, para avaliar a operação do segundo semestre do ano passado e deliberarem a vazão para os próximos meses. O objetivo era de também garantir que o reservatório mantenha os níveis compatíveis com o abastecimento das cidades de Iguatu, Acopiara e Quixelô, além de reduzir o prejuízo causado aos produtores rurais.

Foram apresentados três cenários de liberação: 200, 150 e 100 l/s (litros por segundo); todos atendiam as políticas de prioridade de abastecimento humano e “desedentação” animal. Anatarino Torres, analista da COGERH, afirmou que a deliberação por parte dos vinte membros do Comitê foi pela manutenção da vazão máxima de 200 ml/s. “A grande maioria, cerca de 70% dos votantes, escolheu pela manutenção da vazão, que também atente as recomendações diante do volume baixo do reservatório”, explicou.

O analista afirmou que foi apresentado e ponderado entre os membros da comissão o prognóstico da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) para quadra invernosa. “Diante da incerteza de um bom inverno ou não, deliberamos que mesmo os 200 l/s sendo a média final, caso chova, buscaremos controlar ou até mesmo diminuir a liberação pela válvula com objetivo de reter a água no reservatório nos dias de precipitações mais intensas”, afirmou.

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Opinião dos membros

No mês de dezembro do ano passado, foi feita solicitação de uso das águas pelos pequenos produtores da região de Barreiras dos Constantinos, e outras comunidades localizadas nas margens do curso do rio Trussu, até a área de captação da válvula de onde é liberada água, para uso do recurso hídrico em plantios irrigáveis. A comissão decidiu na época autorizar o uso da água para ‘irrigação de salvação’ de culturas permanentes em áreas de até dois hectares em dias específicos da semana.

A medida foi válida até o dia 15 de janeiro, e alguns membros se queixaram que as captações por meio de bombas ainda acontecem nos dias de hoje. “O problema é que tem pessoas ainda irrigando no leito do rio Trussu e isso está beneficiando uma parcela de irrigantes. Isso está totalmente errado!”, afirmou Luiz Hernane, que votou pela vazão de 150 l/s. A COGERH afirmou que as fiscalizações serão intensificadas no trecho.

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13,46% da capacidade

Dauyzio Silva, outro membro da comissão, absteve-se de votar e justificou o motivo de sua decisão. “Meu pensamento era tentar um consenso, por isso me abstive, mas alerto para o quadro desse mês que está sendo pior do que no mesmo período do ano passado. A diferença da vazão de 150 l/s para 100 l/s era muito pequena pra correr o risco de comprometer o abastecimento de uma parcela”, opinou.

Marcílio Cosme, representando a Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), autarquia que distribui a água as residência de Iguatu, afirmou que a atual vazão não compromete o abastecimento humano dos iguatuenses, e por isso votou em 200l/s. “Desde início do ano recebemos uma demanda muito grande dessas comunidades ribeirinhas. Entendemos que se perenizarmos o rio, esse abastecimento ao público, que é mais afetado, será favorecido”, disse.

Apesar da previsão da quadra invernosa ser de 40% dentro da média histórica, o analista afirmou que não possível saber se a bacia irá captar água ou não. O atual volume do Trussu é de 13,46 % do total de sua capacidade.

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