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Ceará pode ter eventos-teste em cidades com vacinação avançada, projeta setor

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Como um dos segmentos mais impactados pela pandemia de Covid-19, o setor de eventos no Ceará está buscando, em algumas experiências realizadas no Exterior e em outras partes do Brasil, caminhos para o retorno seguro aos eventos presenciais de médio e grande porte.

Um deles é o evento-teste, geralmente feito com pessoas vacinadas com uma ou duas doses de imunizante contra o novo coronavírus e com controle e acompanhamento do público, antes e depois de sua realização. No País, algumas iniciativas nesse sentido estão sendo programadas. No mês passado, o Governo de São Paulo anunciou a intenção de promover pelo menos dez eventos do tipo. Mais recentemente, a prefeitura do Rio de Janeiro comunicou que deve realizar uma espécie de ‘mini-carnaval’ na ilha de Paquetá, como parte de um estudo da Fiocruz de imunização da população adulta da localidade.

No Ceará, alguns promotores de eventos já projetam a realização de iniciativas semelhantes e Guaramiranga, o primeiro município no Estado a vacinar toda a população adulta contra a Covid-19 (com a primeira dose), feito alcançado no último domingo, 27, desponta como uma das favoritas. A cidade com forte vocação turística recebia, antes da pandemia, um dos mais tradicionais festivais de jazz e blues do País, no período carnavalesco.

Para Micheline Camarço, turismóloga e empresária do setor de eventos, “é uma articulação que pode ser feita, sim, pelas entidades que representam o segmento em parceria com o poder público. Se houver interesse da Prefeitura de Guaramiranga, que a gente possa se articular para mostrar que é possível fazer um evento-teste, inclusive, em que a população local fique segura, até porque muitas famílias desse e de outros municípios dependem da movimentação turística para sobreviver”.

Por falar em articulação, Micheline e a sócia dela Roberta Cavalcante, ambas da Ikone Eventos, estão promovendo, até amanhã, o ciclo de palestras e debates virtual “Hub de Turismo e Eventos”, patrocinado pelo Governo do Estado e que tem o apoio institucional da Secretaria Municipal do Turismo de Fortaleza. Oito das principais instituições que compõem essa cadeia produtiva no Ceará chancelam o evento.

A programação reúne representantes locais, nacionais e internacionais para discutir o futuro dos dois segmentos e apresentar as experiências exitosas de retomada. Um desses exemplos será apresentado, hoje, no painel “A Experiência da Nova Zelândia com Rastreamento de Contatos”. Vale lembrar que a nação da Oceania é tida como um dos maiores exemplos no controle da pandemia.

Ontem, no primeiro dia do evento, houve um diálogo entre a presidente nacional da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Fátima Facuri, e a gerente geral do Centro de Eventos do Ceará (CEC), Lívia Holanda, sobre o futuro das feiras B2B (sigla para expressão inglesa ‘Business to Business’).

Durante a conversa, Lívia Holanda, adiantou que já estão sendo elaborados os parâmetros para o retorno dos eventos corporativos no CEC, ainda em data indefinida. “Como ele é um equipamento público, a gente precisa se orientar para evitar choque de datas. Vai ser preciso organizar uma espécie de fila indiana”, explicou.

Fonte: O Povo

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