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Após reunião com Rice, chanceler avisa que conversas sobre denúncias terão continuidade
[caption id="attachment_6413" align="alignleft" width="500"](Foto:Reprodução)[/caption]O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, seguiu hoje (12) de Washington para Nova York (Estados Unidos), depois se reunir ontem (11) com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo Machado, seguiu hoje (12) de Washington para Nova York (Estados Unidos), depois se reunir ontem (11) com a conselheira de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Susan Rice.
Após a reunião, Figueiredo Machado avisou apenas que terão continuidade as conversas sobre as denúncias de espionagem à presidenta da República, às autoridades, aos cidadãos e à Petrobras.
Não há, por enquanto, informações sobre novas reuniões. Figueiredo Machado seguiu para Nova York, onde era o representante do Brasil da Organização das Nações Unidas (ONU) – posto ocupado agora pelo ex-chanceler Antonio Patriota. Entre outros compromissos, ele se despede do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e assessores.
Figueiredo Machado e Rice se reuniram ontem, cumprindo a promessa do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, à presidenta Dilma Rousseff, de que o governo norte-americano ia apresentar explicações sobre as denúncias até hoje. Rice classificou de “legítimas” as demandas do Brasil. Mas alegou que há uma “distorção” da imprensa ao relatar as atividades exercidas pelas agências norte-americanas.
Nos últimos meses, vieram à tona várias informações a partir de dados divulgados pelo norte-americano Edward Snowden, funcionário de uma empresa que prestava serviços para a Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA). Snowden divulgou documentos, por intermédio da imprensa britânica e brasileira, sobre o monitoramento de dados de Dilma, cidadãos e até da Petrobras.
As denúncias provocaram uma série de cobranças do governo do Brasil aos Estados Unidos. A presidenta e ministros exigiram explicações das autoridades norte-americanas sobre a espionagem. O então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, foi chamado duas vezes ao Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, para prestar esclarecimentos. Na visita do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, o assunto predominou.
Após a reunião de ontem de Figueiredo Machado com Rice, foi divulgada uma nota à imprensa.
“A conselheira de Segurança Nacional [Susan Rice] transmitiu ao ministro Figueiredo que os Estados Unidos compreendem que as recentes revelações à imprensa, das quais algumas têm distorcido as nossas atividades e outras têm gerado questões legítimas pelos nossos amigos e aliados, criam tensões na muito estreita relação com o Brasil”, diz o texto.
De acordo com a nota, os Estados Unidos se comprometeram a trabalhar em parceria com o Brasil para resolver o assunto. O texto menciona a decisão de manter de “forma conjunta uma agenda partilhada de iniciativas bilaterais, regionais e globais”. “Os Estados Unidos fazem uma ampla revisão das suas atividades de inteligência para garantir que são adequadamente projetadas”, diz o texto.
Fonte: Agência Brasil
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